O Corinthians abandonou a Sula ou a Sula abandonou o Corinthians?
Se você me perguntar se um clube brasileiro deve priorizar o Brasileirão em vez da Sula, ou até a Copa do Brasil em vez do torneio continental, eu responderei que as competições nacionais devem ter a preferência.
Dito isso, estou de acordo com a decisão do Corinthians em abandonar a Sula.
A questão é outra: depois de perder em casa para o Huracán quem abandonou o quê?
Mais parece que foi a Sula quem abandonou o Corinthians.
Agora, que tenha sido o Corinthians.
Inadmissível é o clube dizer que priorizará o Brasileirão para evitar a catástrofe do ano passado quando esteve ameaçado pelo rebaixamento no campeonato.
Porque se é para optar pelo torneio nacional, diante do investimento que fez no time, deve ser para lutar pelo título e não apenas para não cair.
É muito cômodo, e injustificável, estabelecer como meta a permanência da Série A.
Que clubes de menor potência façam isso, tudo bem. Um grande, nunca.
Dito isso, o Corinthians foi jogar com seus reservas em Cáli contra o colombiano América e inexistiu em campo.
Tomou 1 a 0 no meio do primeiro e não mostrou a menor capacidade de reação.
No começo do segundo tempo, então, teve enorme dificuldade para simplesmente passar do meio de campo.
Aos 60 minutos, entraram três titulares: Bidon, Carrillo e Yuri Alberto que se somaram a Matheuzinho e Félix Torres, pois Martínez saiu.
O time até melhorou, ficou mais no campo de ataque, embora não o suficiente para ameaçar o América.
Só mesmo aos 70 minutos Héctor Hernandéz teve chance de empatar, mas ele e o gol não têm grande intimidade.
A torcida que lotava o estádio começou a se preocupar e, aos 77, viu seu goleiro fazer grande defesa em peixinho do espanhol alvinegro.
A cada vez que Carrillo pegava na bola pela direita levava perigo ao gol colombiano.
E, aos 80, em mais um lance começado por Carrilo em passe de letra para Matheuzinho, o lateral tabelou com Hernandéz e arrematou. A bola desviou na zaga e decretou o 1 a 1.
A Sula já não desistia tanto do Corinthians, resta saber se a coerência será mantida.
Fato é que bastou escalar três titulares ofensivos para, em 20 minutos, empatar.
O fim de jogo foi de um lá e cá imparável.
E o empate terminou como bom resultado para os brasileiros.
Opinião
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