CBF terá que homologar CTs como do Grêmio para uso do VAR no Brasileirão
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Pode ser recorrente no Campeonato Brasileiro que começa no próximo final de semana o agendamento de partidas para locais incomuns e com estrutura inferior a estádios, como centros de treinamento, e isso pode levar a problemas, por exemplo, para a utilização do VAR, o árbitro de vídeo.
Grêmio x Fluminense, no dia 9 de agosto, foi o primeiro: a CBF teve que tirar o confronto da Arena do Grêmio porque não havia garantia de que jogos estariam liberados em Porto Alegre por causa da pandemia do coronavírus — nesta sexta-feira (31) a prefeitura de Porto Alegre liberou partidas na capital e não se sabe se a CBF devolverá o confronto para sua casa original.
De qualquer modo, o CT Hélio Dourado, da base gremista, é quem receberá até agora a partida na cidade de Eldorado do Sul, vizinha à capital gaúcha. Mas para que o VAR seja usado no centro de treinamento é preciso que o local ainda seja homologado. No momento a CBF avalia que não terá problemas com isso, mas o árbitro de vídeo requer protocolos que precisam ser seguidos. E, pelo regulamento, os 380 jogos precisam ter o VAR, com o risco de prejuízo para alguns clubes.
Há a necessidade de um mínimo de oito câmeras para que o VAR seja permitido. As emissoras que detêm os direitos de transmissão preveem o uso mínimo dessas câmeras, que são as usadas pelos operadores da empresa contratada pela CBF para comandar os equipamentos no VOR (a sala do VAR) — Grêmio x Fluminense está previsto para ser transmitido pelo SporTV e pelo Premiere (pay-per-view) — não terá torcida presente.
A questão é se alguns locais terão estrutura para isso. Por exemplo: é preciso uma sala com tamanho adequado para receber o VOR, principalmente em meio à pandemia do coronavírus. Pelo protocolo da CBF, os sete profissionais que normalmente ficam dentro da sala (três árbitros, três operadores e um fiscal da confederação) precisam de espaço. Serão colocadas nas salas divisórias de acrílico para separar as pessoas, além do uso obrigatório de máscaras. Dependendo da necessidade, pode se diminuir o número de operadores na sala para dois.
A CBF descartou criar "salas" para o árbitro de vídeo ao ar livre pela necessidade de ar condicionado para manter os equipamentos usados em bom funcionamento. Cidades muito quentes, ou até mesmo chuva mais forte, prejudicariam toda a operação.
Por custo, ainda é inviável para a CBF criar VORs fixos na sede da entidade, como previsto. A Federação Paulista de Futebol fez isso nas finais do Paulistão, mas apenas para oito partidas. É preciso cabos de fibra ótica e encareceria muito o que já é considerado um alto valor, na casa dos R$ 19 milhões.
No início da pandemia e da paralisação do futebol, em março, alguns clubes questionaram a CBF sobre o uso do VAR no Brasileiro, por causa da perda de receitas que teriam. Os 20 participantes da Série A dividem cerca de R$ 7 milhões dos gastos. Foi decidido, porém, que seria um retrocesso tirar o VAR do torneio após ele funcionar satisfatoriamente em 2019.
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