Ramírez ganhará menos que Luxa, Mano e Felipão se fechar com Palmeiras
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A proposta do Palmeiras por Miguel Ángel Ramírez é de US$ 100 mil mensais (R$ 564 mil). Para segurança do clube e do treinador a cotação será fixa, reajustada anualmente, para não haver ganhos ou perdas excessivas em caso de grande variação do câmbio com a economia irregular devido à pandemia.
O valor é inferior ao que receberam os três últimos treinadores palmeirenses, Luiz Felipe Scolari, Mano Menezes e o recém-demitido Vanderlei Luxemburgo. Luxa ganhava em torno de R$ 600 mil e os outros dois mais de R$ 700 mil.
Ramírez, se acertar, receberá também bônus por objetivos, como títulos ou classificações relevantes, o que aumentará seu ganho anual. Ele deve chegar com ao menos três profissionais (dois auxiliares e um preparador físico), mas pode bater a quatro se o Palmeiras aceitar também o preparador de goleiros da equipe do espanhol.
O "pacote Ramírez", contando os salários dos membros da comissão técnica ligados ao treinador, será mais barato também do que os três últimos, apesar dele trabalhar talvez com mais profissionais do que os antecessores.
No Independiente Del Valle, Ramírez tinha um salário de cerca de US$ 50 mil (R$ 282 mil), receberia portanto o dobro. A questão é ter carta-branca para método de trabalho, o que tem no Equador, inclusive para poder tirar jogadores mais experientes se achar necessário. Nos primeiros contatos com o diretor palmeirense Anderson Barros o treinador mostrou um bom conhecimento sobre o elenco e até surpreendeu o cartola brasileiro.
Como mostrou o jornalista Danilo Lavieri, Barros e o vice palmeirense Paulo Buosi viajaram ao Equador para se encontrar pessoalmente com Ramírez nesta segunda-feira (19) e discutir também com dirigentes do Del Valle a rescisão do espanhol, que tem contrato até o fim de 2021. Há multa rescisória, de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões), mas ela pode ser negociada por valor inferior ou parcelada.
Ramírez talvez queira estar no banco de reservas na quarta-feira (21), quando o Del Valle encara o Barcelona, no clássico equatoriano do Grupo A (do Flamengo) pela Libertadores. O empate classifica o Del Valle para as oitavas de final, portanto o espanhol acha importante estar presente no jogo decisivo.
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