Como Palmeiras e Santos entrarão para jogar na Argentina fechada pela Covid

Um acordo feito pela direção da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) com os governos dos dez países membros faz com que o decreto argentino que proíbe a entrada de estrangeiros no país entre esta sexta-feira (25) e 8 de janeiro não afete as partidas das semifinais da Libertadores.

Com isso, as delegações de Palmeiras e Santos poderão entrar na Argentina para enfrentar, respectivamente, River Plate (dia 5 de janeiro) e Boca Juniors (6 de janeiro). Há, entretanto, alguns requisitos a se cumprir.

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- Testes PCR para Covid-19 negativos para todos os membros da delegação em exames realizados até 72 horas antes da viagem. Esta já era uma exigência feita pela confederação desde a retomada da Libertadores, em setembro;

- Os clubes terão que providenciar seguro-viagem que cubra gastos com possíveis internações por Covid-19 para todas as pessoas que viajarem;

- O voos serão fretados, com listagem de todos os passageiros e exames negativos providenciados para que a entrada especial seja liberada em Buenos Aires. Delegação deve deixar aeroporto sem passagem pelo saguão e seguir com ônibus direto a hotel;

- Como o blog revelou em novembro, a Conmebol multará em até US$ 30 mil (R$ 150 mil) caso algum membro da delegação deixe o hotel que não seja para treino ou jogo ou receba visita de terceiros não autorizada no local da concentração. Esta foi uma das exigências de alguns dos governos, entre eles o argentino, para fechar acordo em setembro de permissão da entrada de delegações mesmo com a fronteira fechada.

Os clubes só poderão ficar 72 horas na Argentina, como também já constava no protocolo da Conmebol. Não haverá reconhecimento de campo, portanto.

No decreto feito pelo governo argentino que fechou suas fronteiras ficou definido que estrangeiros que tivessem autorização especial a entrar no país no período teriam que, além de ter o exame PCR negativo, fazer dez dias de isolamento social antes de poder circular pelo país. Esta exigência não será feita às delegações dos clubes, desde que fiquem isolados no hotel e só saiam para ir ao estádio jogar e ao aeroporto para ir embora.

Pelo protocolo da Conmebol, caso o governo argentino quisesse mudar o acordo e proibir a entrada dos clubes brasileiros no país, River e Boca teriam que indicar um estádio em outro país para mandar suas partidas. O que poderia ser um problema, já que o Uruguai, escolha óbvia, também está com restrições. A Conmebol tem o Paraguai, onde está sua sede, como um "porto-seguro" para problemas de última hora, apurou o blog. Para viajar a Assunção não haveria restrições.