Por que exclusão de clube do Mundial não deve preocupar Palmeiras e Santos
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Auckland City está fora do Mundial de Clubes-2020 porque Fifa e governos da Nova Zelândia e do Qatar, sede do torneio, não chegaram a um consenso sobre os protocolos de covid-19 a serem seguidos para que a delegação neozelandesa entrasse no país do Oriente Médio. Por causa da pandemia a competição será realizada em fevereiro de 2021.
Mas palmeirenses e santistas podem ficar tranquilos: não há chance de que o clube que vença a Libertadores na final única de 30 de janeiro, no Maracanã, não possa entrar no Qatar, mesmo chegando quase em cima da estreia. O campeão sul-americano deverá desembarcar em Doha entre 3 e 4 de fevereiro e a estreia ocorrerá dia 7, já na semifinal, contra rival a ser definido.
O problema entre Fifa, Nova Zelândia e Qatar foi o tempo de quarentena necessário para que a delegação do Auckland City entrasse e depois saísse do Qatar. A Nova Zelândia queria um período de 14 dias, mas não só dos atletas do time de seu país, mas de todos os participantes do torneio, algo que tornaria a realização da competição inviável.
O campeão da Libertadores, Palmeiras ou Santos, só será definido dois dias antes da data inicialmente marcada para o torneio começar, 1º de fevereiro, sendo impossível cumprirem portanto qualquer protocolo longo de quarentena. O mesmo serve para o Bayern de Munique, representante europeu que estreará em 8 de fevereiro no Mundial, na semifinal oposta à do vencedor sul-americano: os alemães jogam pela Bundesliga em 30 de janeiro, mesmo dia da decisão da Libertadores, contra o Hoffenheim, e só depois viajarão ao Qatar.
Hoje turistas ou viajantes a negócios sem uma autorização especial precisam cumprir alguns requisitos para entrar no Qatar. Primeiro levar um teste negativo de covid-19 realizado até 96 horas antes do embarque, mas assim que chegar no aeroporto em Doha um novo exame será feito e a pessoa terá que ficar sete dias de quarentena em hotéis indicados pelo governo qatariano, para depois ser novamente testada e aí sim poder circular pelo país.
Por isso, por exemplo, que a Fifa não deve liberar venda de ingressos para o Mundial fora do Qatar, como mostrou o blog: deve ser autorizado 30% da capacidade dos estádios, mas com bilhetes vendidos somente no país. Há consenso de que essas exigências inviabilizam as viagens dos torcedores para acompanharem as partidas.
No caso dos clubes, não será necessária essa quarentena de sete dias presos em hotel, claro. Mas a Fifa fará outras exigências:
- Testes negativos realizados até 72 horas antes do embarque. Jogador positivado não poderá viajar (a Fifa banca as passagens e hospedagem);
- Todos os membros da delegação serão novamente testados ao desembarcarem no Qatar. Caso algum membro seja diagnosticado com covid-19 será isolado;
- Os membros das delegações só poderão deixar o hotel para treinar e jogar. Todas as refeições devem ser feitas no local de hospedagem e é proibido receber visita de terceiros sem que haja autorização da Fifa;
- A Fifa não aumentou o número de atletas inscritos (23) ou de credenciais cedidas a oficiais justamente para evitar delegações maiores, com maior risco de contaminação. Serão dadas 32 credenciais extras, além daquelas dos atletas, para membros da comissão técnica, dirigentes e convidados. A Fifa pede para que o clube não saia do país de origem com convidados que não tenham credenciais.
Sem o Auckland City, o torneio terá seis e não mais sete participantes. O formato de disputa não muda e a única alteração é que o Al-Duhail, que representa o país-sede, entrará direto nas quartas de final — antes faria um confronto direto com o Auckland City por essa vaga, dia 1º de fevereiro.
Na próxima terça-feira (19) a Fifa sorteará os confrontos, quando Palmeiras e Santos conhecerão possíveis adversários na semifinal. Além de Bayern de Munique e Al-Duhail estão classificados o Ulsan Hyundai (Coreia do Sul), o Al-Ahly (Egito) e o Tigres (México).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.