Com protocolo rígido, Conmebol vê Bolsonaro e Doria fora da Libertadores
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Com Pedro Ivo Almeida, do Rio
Jair Bolsonaro e João Doria sinalizaram à Conmebol que não estarão neste sábado (30) no Maracanã acompanhando a final da Libertadores entre Palmeiras e Santos. O presidente e o governador de São Paulo foram convidados — não há venda de ingressos, mas o governo do Rio liberou 10% da capacidade do estádio (7,8 mil lugares) para convidados de entidades, patrocinadores e clubes. Serão cerca de 5 mil pessoas presentes.
Nem Conmebol, nem o Planalto confirmam que Bolsonaro não irá porque ainda é necessário uma resposta oficial, por ofício, como revelou a jornalista Gabriela Moreira no Ge.com. O documento é necessário em todos os eventos com a presença do presidente, mesmo em caso de negativa de convite, para que os organizadores preparem ou desmanchem o esquema de segurança, sempre diferente com a presença da mais alta autoridade do país. A confederação sul-americana fechará nesta sexta-feira (29) a lista de convidados.
A provável recusa de Bolsonaro tem relação com o protocolo rígido adotado pela Conmebol para a partida. Como revelou o blog, mesmo o presidente precisará apresentar exame negativo para Covid-19 (o PCR), feito até 96 horas antes do confronto, marcado para as 17h de sábado. É também obrigatório o uso de máscara durante todo o período em que o convidado estiver dentro do Maracanã. Bolsonaro tem evitado usar máscara porque alega já ter contraído a Covid-19 (em julho de 2020).
Outro ponto do protocolo atrapalhou a vontade de Bolsonaro ir ao Maracanã: como mostrou o blog existe a proibição de que convidados entrem no gramado após a partida, para participar da festa. Está, portanto, vetado que um político entregue a taça ao time campeão, ato que será feito somente pelo presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez.
Bolsonaro, já como presidente eleito, esteve em dezembro de 2018 dentro do campo do Allianz Parque na comemoração do título brasileiro do Palmeiras, clube que declara ser torcedor. Em 2019 também esteve no gramado tirando fotos com o troféu e jogadores na conquista da Copa América pela seleção.
João Doria, que se declara santista, alegou para a Conmebol incompatibilidade de agenda apurou o blog.
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