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CBF fala com estados para criar rede de estádios e Copa do Brasil não parar
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A cúpula da CBF conversa com governadores para criar uma espécie de rede de estádios que possa receber jogos da Copa do Brasil nas próximas semanas, caso outros estados proíbam o futebol por causa da pandemia. Minas Gerais e Distrito Federal são, por enquanto, os que sinalizaram positivamente à confederação brasileira, que ainda tenta convencer o Rio de Janeiro a aderir.
São Paulo anunciou nesta quinta-feira (11) que o futebol para por duas semanas a partir de segunda-feira (15). Isso impacta, claro, no Campeonato Paulista, que pode até ocorrer fora do estado, mas também em dois jogos da Copa do Brasil marcados para semana que vem: dia 17, quarta, o Marília receberia o Criciúma, em Marília, e dia 18, quinta, o Mirassol faria o confronto paulista contra o Bragantino em Mirassol.
Na segunda-feira tem mais uma reunião de representantes do governo paulista com a Federação Paulista para discutir a proibição. Caso o governador João Doria (PSDB) não recue, Marília x Criciúma deve ocorrer em Varginha, em Minas, e Mirassol x Bragantino precisaria encontrar outro estádio para ser realizado. Além de São Paulo há restrição total de jogos no Acre que impede, por enquanto, que o Galvez receba o Atlético-GO na próxima quarta.
A CBF, principalmente por meio do secretário-geral Walter Feldman, vem conversando com os governos para mostrar que, no entendimento da confederação, o futebol não interfere no aumento de contágio e de mortes por Covid-19. A CBF divulgou um relatório esta semana com alguns dados.
No Ceará, por exemplo, o governo proibiu jogos do Cearense em todo o estado a partir deste sábado (13), mas liberou partidas das Copas do Brasil e do Nordeste — o Guarany recebe o CSA em Sobral na quarta pela Copa do Brasil. O governo cearense alegou que as partidas das Copas são em menor número e que no Cearense o deslocamento pelo estado é maior.
A Copa do Brasil terá 27 jogos na próxima semana, todos pela primeira fase, entre terça e quinta. A princípio nenhum será adiado por causa de proibições de futebol. Preocupa também a CBF o que pode ocorrer na segunda fase, que tem previsão para os meios de semana de 7, 14 e 21 de abril. O retorno que a confederação tem recebido é que os isolamentos sociais mais rígidos, os lockdowns, podem se estender pela primeira quinzena do mês que vem.
O governo do Rio de Janeiro recusou receber neste momento jogos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, alegando que a logística seria inviável devido aos protocolos sanitários. A CBF tenta convencer o governador, Cláudio Castro, a mudar de ideia. Os retornos de Minas Gerais e do Distrito Federal, entretanto, foram positivos.
Em Brasília, a CBF pretende marcar a Supercopa para 11 de abril. O jogo entre o campeão brasileiro Flamengo e o vencedor da Copa do Brasil Palmeiras, por enquanto, não corre o risco de adiamento.
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