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Fifa mantém ganhos de Infantino e do Conselho apesar de prejuízo por covid
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Apesar do prejuízo e da queda brusca nas receitas em 2020 por causa da pandemia, a Fifa não reduziu o que paga para sua cúpula. O presidente, Gianni Infantino, manteve o salário fixo bruto anual de US$ 1,95 milhão (R$ 10,7 milhões). Ele também terá direito a uma bonificação de US$ 1,03 milhão (R$ 5,7 milhões), mesmo valor de 2019, que será paga durante 2021.
A Fifa obteve em 2020 um prejuízo de US$ 683 milhões (R$ 3,7 bilhões) e queda de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) nas receitas comparado com 2019 por causa da pandemia, que cancelou campeonatos e obrigou a federação a enviar socorro financeiro às confederações. O balanço da entidade será votado, e aprovado, no Congresso virtual de 21 de maio.
Os 35 membros do Conselho (excetuando Infantino) também mantiveram o valor da compensação anual que recebem: aqueles cinco que presidem suas confederações, como Alejandro Dominguez da Sul-Americana e Aleksander Ceferin, da Europeia, faturaram US$ 300 mil (R$ 1,65 milhão). Os demais, entre eles o brasileiro Fernando Sarney, vice da CBF e filho do ex-presidente José Sarney, ganharam US$ 250 mil (R$ 1,38 milhão) para participarem das quatro reuniões anuais e alguns encontros pontuais (todos virtuais).
A secretária-geral, Fatma Samoura, recebeu em 2020 de salário bruto anual US$ 1,3 milhão (R$ 7,1 milhões), igual a 2019, mas viu sua bonificação aumentar para US$ 300 mil (R$ 1,65 milhão), mais do que os US$ 250 mil (R$ 1,38 milhão) do ano anterior.
Chamadas de "salário variável" no relatório enviado aos filiados, as bonificações de Infantino e Samoura por metas conquistadas foram criadas em dezembro de 2017, sem muito alarde, pelo subcomitê de compensações da entidade, ligado ao Comitê de Finanças. A ideia foi criar mecanismos parecidos com o de uma empresa, no qual os CEOs ganham fixos, mas também extras dependendo do desempenho da companhia.
O blog apurou que entre esses objetivos estão incluídos a saúde financeira da Fifa e resultados positivos no desenvolvimento do futebol em países normalmente relegados a segundo plano, principalmente da África e Ásia, e em projetos de sucesso para o futebol feminino, além de manter um melhora da imagem da Fifa, abalada desde 2015 após escândalos de corrupção que levaram dezenas de cartolas para a cadeia.
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