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Nova Copa Intercontinental ganha força com Mundial da Fifa indefinido
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Com a indefinição da realização de um Mundial de Clubes da Fifa em 2022, Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e Uefa (União Europeia de Futebol) intensificaram a negociação para retomar a Copa Intercontinental.
O plano de reativar o confronto realizado de 1960 a 2004 entre os vencedores da Libertadores e da Liga dos Campeões é de 2017, mas nunca se concretizou por causa do Mundial anual da Fifa.
A possibilidade de o Mundial não aparecer no calendário no ano que vem aqueceu conversas entre a cartolagem, e é possível que seja feito um combo para atrair mais patrocinadores: reunir no mesmo evento confrontos entre os campeões masculino e feminino.
A ideia de uma Copa Intercontinental entre as campeãs da Libertadores e da Liga dos Campeões surgiu em 2020, na tentativa de Conmebol e Uefa fortalecerem o futebol feminino. Agora, as entidades veem a possibilidade de unir os confrontos entre homens e mulheres em jogos no mesmo país, neutro, de preferência, na mesma semana.
A data ideal é dezembro, mesmo período que a Fifa usa anualmente para seu Mundial masculino no formato atual com sete participantes. Só que o plano da federação internacional de criar uma competição maior, com 24 participantes e quadrienal, é o de usar os meses de junho e julho em anos ímpares anteriores aos da Copa do Mundo, o que libera o fim do ano ao Intercontinental.
A primeira edição do Super Mundial estava pré-agendada para 2021, na China, mas a pandemia atrapalhou — com o adiamento de torneios de seleções como a Eurocopa e a Copa América, não há calendário que suporte esse novo Mundial agora. Em 2021 foi mantido o torneio com sete participantes, em dezembro no Japão, mas em 2022 a Fifa excluiu de seu orçamento qualquer Mundial.
Com isso, Conmebol e Uefa viram brecha para encaixar o Intercontinental. O plano agora é procurar patrocinadores e sedes e a ideia de realizar juntos os confrontos masculino e feminino é um atrativo, na avaliação dos dirigentes. A confederação sul-americana, que tem como um dos principais patrocinadores a empresa aérea Qatar Airways, apresentou o Qatar como possibilidade para as primeiras edições, mas só a partir de 2023, já que em 2022 tem a Copa do Mundo entre novembro e dezembro.
Se quiserem realizar os confrontos no ano que vem, será preciso outro país e já há um candidato forte, a China — mercado que interessa aos clubes europeus. O Japão, que recebeu jogos únicos da Intercontinental entre 1980 e 2004, também será procurado. Definir uma sede é importante porque empresas desse país são potenciais candidatas a patrocinar o evento.
Em relatório elaborado em conjunto pelas duas associações no início de 2020, estimava-se que a cota para cada um dos participantes no Intercontinental masculino poderia chegar a US$ 10 milhões, o dobro do que a Fifa paga ao campeão de seu Mundial (US$ 5 milhões). Isso, porém, foi antes da crise econômica gerada pela pandemia.
Unir, porém, os confrontos entre homens e mulheres num mesmo evento pode fazer com que os valores dos direitos comerciais e de transmissão aumentem consideravelmente, mesmo pós-pandemia, já que será possível buscar marcas que queiram se associar aos homens e também às mulheres. Um plano será montado nos próximos meses.
Entre 1960 e 1979, os vencedores da Libertadores e do continental europeu jogavam partidas de ida e volta, em suas casas, ou seja, na Europa e na América do Sul. A partir de 1980, com patrocínio da montadora japonesa Toyota, o jogo passou a ser único, no Japão. Em 2004 ocorreu a última edição porque no ano seguinte a Fifa passou a organizar o seu Mundial como é conhecido hoje, nas mesmas datas em que ocorriam a Copa Intercontinental.
Santos duas vezes (1962 e 1963), o Flamengo (1981), o Grêmio (1983) e o São Paulo duas vezes (1992 e 1993) foram os brasileiros que venceram a Copa Intercontinental — em 2017, a Fifa deu status de título mundial à competição. O torneio feminino seria inédito.
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