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CBF fala com governo para vacinar a seleção; aplicar no Paraguai é plano B
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A CBF conversa com o governo federal sobre como poderia aplicar no Brasil as 5 mil doses de vacina contra a covid-19 que a Conmebol reservou para a confederação brasileira. Hoje a legislação proíbe.
O plano B para imunizar jogadores e funcionários da seleção brasileira que viajarão para a Colômbia para disputar a Copa América entre junho e julho é fazer o procedimento em Assunção, no Paraguai, entre 5 e 8 de junho, quando a delegação estará lá para jogar pelas Eliminatórias.
A prioridade é conseguir liberação para vacinar os jogadores, de clubes inclusive, dentro do Brasil. Para isso a CBF tenta incluir o futebol em geral na exceção legal que será aberta para que a delegação olímpica brasileira receba as imunizações antes de viajar a Tóquio para a Olimpíada, no fim de julho. Parte das vacinas do COB, entretanto, será repassada ao SUS para a população, o que não é previsto para os imunizantes da Conmebol.
Hoje, a maioria dos atletas olímpicos não poderia ser imunizada por não fazer parte do grupo prioritário de idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades. O governo, entretanto, decidiu dar a vacina aos olímpicos para evitar problemas na viagem e estadia dos brasileiros no Japão.
As seleções masculina e feminina de futebol terão direito às doses olímpicas, mas no caso dos homens o elenco será formado por atletas de até 24 anos (com três exceções) e pouquíssimos devem estar nas duas listas de convocados, a da Copa América e a da Olimpíada.
A confederação sul-americana obteve doação de 50 mil doses do laboratório chinês Sinovac, que em contrapartida, como revelou o jornal argentino La Nación, entrará como patrocinador da Copa América da Argentina e da Colômbia. Cada um dos dez filiados terá direito a cinco mil doses, com uma escala prioritária de vacinação, como mostrou a coluna na quinta-feira.
No Brasil, entretanto, há dois problemas para se aplicar essas vacinas:
1) Por lei, está proibido que entidades privadas, como a CBF, comprem ou recebam vacinas. Se as doses entrarem no Brasil têm de ser imediatamente remetidas ao governo federal, que repassaria ao SUS.
2) Apesar de a Sinovac produzir a Coronavac, em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo - vacina que já tem liberação para uso emergencial (aplicação em grupos prioritários) no Brasil -, as doses que a Sinovac mandou direto da China para a Conmebol, por meio do governo do Uruguai, precisariam do aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem aplicadas.
Brasileiros podem se vacinar fora do Brasil e essa é uma possibilidade trabalhada pela Conmebol para imunizar a seleção brasileira antes da Copa América. O blog apurou que o plano seria o seguinte:
A seleção brasileira convocada para a Copa América será a mesma, ou quase a mesma, que jogará pelas Eliminatórias no início de junho. O primeiro confronto será em 4 de junho, no Beira-Rio, em Porto Alegre, contra o Equador, e dia 8 o rival será o Paraguai, em Assunção, onde fica a sede da Conmebol.
A ideia é que parte do produto da CBF saia do Uruguai (onde está hoje) para Assunção e, ali, os membros da delegação brasileira recebam a primeira dose. Quem já foi vacinado, como o técnico Tite, não receberia, obviamente.
A seleção brasileira prevê viajar diretamente do Paraguai para a Colômbia, onde em 14 de junho estreia na Copa América contra a Venezuela, em Medellín. Duas semanas depois da aplicação da primeira dose no Paraguai, a delegação receberia a segunda já na Colômbia para completar a imunização.
A prioridade da CBF, ainda, é tentar viabilizar a vacinação dentro do Brasil, até para conseguir imunizar jogadores e funcionários de clubes que aceitem receber as doses, inclusive daqueles que disputam a elite do Campeonato Brasileiro masculino e feminino.
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