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Qatar negocia para ser a sede fixa da nova Copa Intercontinental
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A Uefa (União Europeia de Futebol) e a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) negociam com o governo do Qatar para que o país receba, a partir de 2023, a retomada da Copa Intercontinental.
O contrato seria de ao menos dez anos e englobaria os jogos masculino e feminino dos vencedores da Liga dos Campeões e da Libertadores. O plano de reativar o confronto realizado de 1960 a 2004 entre os campeões europeu e sul-americano entre os homens é de 2017, mas nunca se concretizou por causa do Mundial de Clubes anual da Fifa. A edição feminina seria inédita e a ideia é que as partidas ocorram na mesma semana, em evento único.
Como a coluna revelou no mês passado, a possibilidade de o Mundial da Fifa não aparecer no calendário de 2022 e a incerteza para as temporadas seguintes aqueceram conversas entre a cartolagem em reunir no mesmo evento confrontos entre os campeões masculino e feminino da Liga dos Campeões e da Libertadores, que seria o combo considerado ideal para atrair mais patrocinadores.
O Qatar, que em 2022 receberá a Copa do Mundo, gostou da ideia. O Intercontinental ocorreria em dezembro, a partir de 2023 porque no ano que vem não haverá datas, já que a Copa será realizada entre novembro e dezembro para minimizar o calor do Oriente Médio.
O contato com o Qatar partiu da Conmebol, que tem a empresa aérea Qatar Airways como uma das patrocinadoras. Uefa e confederação sul-americana avaliam que um contrato mais longo com uma sede dará estabilidade comercial ao evento. Representantes das federações de futebol do Japão e dos Estados Unidos também foram procurados, mas hoje o Qatar é favorito.
Em relatório elaborado em conjunto pelas duas associações no início de 2020, estimava-se que a cota para cada um dos participantes no Intercontinental masculino poderia chegar a US$ 10 milhões, o dobro do que a Fifa paga ao campeão de seu Mundial (US$ 5 milhões). Isso, porém, foi antes da crise econômica gerada pela pandemia.
Unir os confrontos entre homens e mulheres num mesmo evento pode fazer com que os valores dos direitos comerciais e de transmissão aumentem consideravelmente, mesmo pós-pandemia, já que será possível buscar marcas que queiram se associar aos homens e também às mulheres.
Entre 1960 e 1979, os vencedores da Libertadores e do continental europeu jogavam partidas de ida e volta, em suas casas, ou seja, na Europa e na América do Sul. A partir de 1980, com patrocínio da montadora japonesa Toyota, o jogo passou a ser único, no Japão. Em 2004 ocorreu a última edição porque no ano seguinte a Fifa passou a organizar o seu Mundial como é conhecido hoje, nas mesmas datas em que ocorriam a Copa Intercontinental.
Santos duas vezes (1962 e 1963), o Flamengo (1981), o Grêmio (1983) e o São Paulo duas vezes (1992 e 1993) foram os brasileiros que venceram a Copa Intercontinental — em 2017, a Fifa deu status de título mundial à competição.
E o Mundial da Fifa?
O plano da federação internacional de criar uma competição maior, com 24 participantes e quadrienal, é o de usar os meses de junho e julho em anos ímpares anteriores aos da Copa do Mundo, o que libera o fim do ano ao Intercontinental.
A primeira edição do Super Mundial estava pré-agendada para 2021, na China, mas a pandemia atrapalhou — com o adiamento de torneios de seleções como a Eurocopa e a Copa América, não há calendário que suporte esse novo Mundial agora.
Em 2021 foi mantido o torneio com sete participantes, em dezembro no Japão, mas em 2022 a Fifa excluiu de seu orçamento qualquer Mundial e a competição não deve ocorrer pela primeira vez desde 2005. Isso pode se estender para os anos seguintes se o Super Mundial não sair do papel.
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