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Conmebol vistoria estádios na Argentina, mas escuta países por Copa América
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A Conmebol vistoria nesta segunda-feira (24) estádios na Argentina que possam receber jogos da Copa América, que tem início marcado para 13 de junho. O plano de realizar a competição totalmente em solo argentino depois que a Colômbia perdeu o direito de ser co sede por causa dos protestos políticos ainda é o mais viável, segundo cartolas da entidade. Mas há possibilidades.
Chile, Equador e Venezuela se colocaram à disposição para receber partidas e ao menos os chilenos sinalizam com público liberado, o que interessa muito à Conmebol. A entidade quer evitar prejuízo com a realização do torneio.
Dois estádios em La Plata estavam agendados para receber visita de técnicos da Conmebol nesta segunda: o Jorge Luis Hirschi, do Estudiantes, e o Único. O primeiro é novo, foi inaugurado em 2019, e tem boa estrutura de iluminação, vestiários, acesso à internet, etc.
O Único foi um dos principais equipamentos da Copa América de 2011, mas hoje está subutilizado. A Conmebol não quer estádios em que seja necessário gastar muito para ajustes, e também nem tempo hábil para isso tem.
Outros quatro estádios foram sugeridos há algumas semanas: o La Bombonera, do Boca Jrs, o Nuevo Gasometro, do San Lorenzo, o El Cilindro, do Racing, e o Libertadores de America, do Independiente. Todos ficam na região de Buenos Aires, o que evitaria deslocamentos longos, e foram recentemente vistoriados pela Conmebol porque eram candidatos a receber as finais da Libertadores e da Sul-Americana nos próximos anos.
As quatro sedes já confirmadas para ter jogos na Argentina são o Monumental de Nuñez, palco da abertura, jogo entre Argentina e Chile dia 13 de junho, o Mario Kempes, em Córdoba, o Malvinas Argentina, em Mendoza, e o Único de Santiago Del Estero.
Portões abertos
Havia, apurou a coluna, um acordo informal com o governo da Colômbia de que se pudesse receber torcedores nos 15 jogos, ou pelo menos na finalíssima de Barranquilla, que seriam realizados naquele país. Por isso a Conmebol insistiu tanto em manter parte da competição na Colômbia, apesar dos protestos violentos que ocorrem por lá há algumas semanas.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, por outro lado, avisou há alguns meses que não liberaria torcedores nos estádios argentinos que receberão a Copa América, por causa da pandemia. Esse é o principal motivo pelo qual a Conmebol ainda não confirmou a Argentina como sede única da Copa América, o que seria natural: já há contratos com patrocinadores amarrados para ativações por lá, empresas terceirizadas contratadas para participar da organização, planos de segurança sanitária preparados, etc.
A Conmebol quer avaliar opções que deem possibilidade de ter torcedores em alguns jogos, principalmente na final. Hoje quem dá essa melhor condição é o Chile, país que, ao lado do Uruguai, é o que mais vacinou a população na América do Sul. No fim da semana passada, o Ministro da Saúde chileno, Enrique Paris, confirmou que o governo prepara um protocolo para tentar receber os jogos colombianos da Copa América e há possibilidade de ter de 25% a 30% da capacidade dos estádios liberadas — seriam quatro sedes: Nacional e Monumental, ambos em Santiago, Sausalito, em Viña Del Mar, e El Teniente, em Rancagua.
Uma questão, porém, incomoda com relação à proposta: seria necessário mudar a seleção chilena de grupo, do A, com sede na Argentina, para o B, que era na Colômbia e migraria para o Chile para jogar, claro, como local. Há quem ache que isso abriria questionamentos de outros países.
Equador e Venezuela também se colocaram como candidatos, mas sem deixar claro nas propostas se teriam portões abertos. Isso os enfraquece, mesmo o Equador, que recentemente ganhou o direito de receber a final da Libertadores de 2022, no Monumental de Guayaquil. Os equatorianos também são os favoritos para receber a Copa América de 2024, por isso há certa preocupação da cartolagem local de não forçar uma situação hoje que prejudique a indicação futura.
A Conmebol vai definir isso ainda nesta semana.
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