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Conmebol quer público na final da Copa América; governo argentino descarta
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Apesar da nota oficial cheia de cuidados divulgada pela Conmebol, o governo argentino e a confederação sul-americana acertaram detalhes na noite desta quarta-feira (26) para que a Copa América seja realizada totalmente na Argentina entre 13 de junho e 10 de julho. O torneio inicialmente teria a Colômbia como sede conjunta, mas o país deixou a organização na semana passada por causa dos protestos políticos que assolam a região.
Argentina e Conmebol vão costurar agora um novo protocolo sanitário contra a covid-19 para a competição, já que serão 28, e não 13 partidas, a se jogar em solo argentino. Por isso que ainda não houve o anúncio oficial, já que novas sedes se somarão às quatro já confirmadas.
A Conmebol pediu para que a Argentina avalie que ao menos a final tenha presença parcial de público, mesmo que sejam apenas convidados, como fez na final da Libertadores, em janeiro, quando 5 mil pessoas estiveram no Maracanã. A princípio o torneio todo será com os portões fechados.
O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, se deslocou do Paraguai, onde está a sede da Conmebol, para Buenos Aires onde se encontrou pessoalmente com o presidente argentino, Alberto Fernández. Do chefe da nação ouviu que é muito complicado haver abertura de portões devido ao momento grave da pandemia vivido e que, nessas condições, a Argentina toparia receber os jogos e as seleções que deveriam jogar na Colômbia desde que bolhas de isolamento sejam criadas. Mesmo com essa resposta a direção da Conmebol deve insistir na ideia, até com a competição em andamento.
Há preferência, por exemplo, de centralizar as novas sedes na região de Buenos Aires para evitar longos deslocamentos. Por isso os estádios José Amalfitani, do Velez Sarsfield, e o Jorge Luis Hirschi, do Estudiantes, em La Plata, foram vistoriados nesta semana. O primeiro agradou muito e é favoritíssimo a se juntar ao Monumental de Nuñez, ao Mario Kempes (em Córdoba), ao Malvinas Argentina (em Mendoza) e ao Único (de Santiago Del Estero). O campo do Estudiantes precisaria de alguns ajustes, como implantação de geradores reservas.
Agrada à Conmebol uma sede distante de Buenos Aires, San Juan (estádio del Bicentenario), mais próxima a Mendoza. Essa questão será conversada entre a entidade e o governo argentino, mas os estádios El Cilindro, do Racing, e Libertadores de America, do Independiente, também foram citados como possibilidade — ambos passaram por vistorias recentes por serem candidatos às finais da Libertadores e Sul-Americana.
A saída da Colômbia, que havia dado um sinal para a Conmebol de que poderia liberar público ao menos na final, marcada para Barranquilla na tabela original, fez com que a Conmebol buscasse uma opção que mantivesse essa possibilidade viva. Equador e Venezuela se ofereceram, mas sem garantir torcedores presentes. O único que deu essa opção foi o Chile, país do continente com vacinação contra covid-19 em estágio mais avançado.
Houve resistência de membros do governo chileno a essa possibilidade, por isso nunca houve garantia de que se o Chile assumisse a vaga da Colômbia liberaria para que os estádios tivessem 30% dos assentos vendidos. Houve também um segundo problema: os chilenos não dariam isenção fiscal à Conmebol, um dos pré-requisitos para receber Copas de seleções.
O Brasil está no Grupo B, que tinha a Colômbia como sede, ao lado dos ex-anfitriões, Equador, Venezuela e Peru. O Grupo A, que seria todo na Argentina, tem os donos da casa, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. A coluna apurou que os organizadores querem manter os jogos já marcados dessa chave, ajustando para as novas sedes os confrontos do Grupo B.
A final, em 10 de julho, deve ser no Monumental de Nuñez, mas a Conmebol vai ter que definir a arena de uma semifinal que seria na Colômbia e da disputa do terceiro lugar, que também seria na antiga sede.
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