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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Paraguaios trabalham para ter torcida contra Flu e Inter pela Libertadores

Estádio La Nueva Olla, em Assunção, palco de Cerro x Fluminense pela Libertadores - Norberto Duarte/AFP Photo
Estádio La Nueva Olla, em Assunção, palco de Cerro x Fluminense pela Libertadores Imagem: Norberto Duarte/AFP Photo

Colunista do UOL

12/07/2021 11h30

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Os clubes paraguaios são os primeiros a se organizarem para ter público nos jogos das Copas Libertadores e Sul-Americana. Cerro Porteño e Olímpia negociam com o governo de seu país para liberar os torcedores já nesta semana, quando enfrentam times brasileiros nas oitavas de final da Libertadores — o Cerro recebe o Fluminense nesta terça-feira (13), enquanto o Olímpia tem pela frente o Internacional em Assunção na quinta-feira (15).

No domingo (11), a Conmebol divulgou um protocolo que deverá ser seguido e deu o aval para para a presença de torcedores nos estádios de clubes dos países que os governos tenham liberado. Não haverá, no início, isonomia, ou seja, alguns jogos terão público e outros não. Além do Paraguai, Chile e Colômbia devem liberar antes de Brasil, Uruguai e Argentina, por exemplo.

"É uma possibilidade certa [volta de público aos estádios do Paraguai]", disse nesta segunda-feira (12) o Ministro da Saúde paraguaio, Julio Borba, durante evento de vacinação contra a Covid-19 na capital do país.

O presidente do Cerro Porteño, Raul Zapag, publicou em suas redes sociais que o clube correrá contra o tempo para ter torcedores no estádio La Nueva Olla às 19h15 desta terça, quando o clube encara o Fluminense pelas oitavas da Libertadores. Já Miguel Brunotte, do Olímpia, avalia colocar apenas sócios com as mensalidades em dia no confronto contra o Inter, na quinta-feira — o governo paraguaio não definiu qual será a capacidade liberada, mas não deve passar dos 50% dos assentos disponíveis em cada estádio.

O Paraguai ser o primeiro país a liberar não é coincidência. A sede da Conmebol está em Luque, cidade ao lado de Assunção e há uma relação próxima entre o governo paraguaio e a direção da confederação sul-americana. A coluna apurou que o protocolo criado e a liberação de torcedores ocorreu neste momento porque a entidade teve a confirmação do Paraguai de que haveria o ok das autoridades.

Na quarta-feira (14), o Palmeiras visita a Universidad Católica, em Santiago, pela Libertadores. O jogo inicialmente estava marcado para o tradicional Estádio Nacional, mas mudou para San Carlos de Apoquindo, campo da Católica, a pedido do clube que espera gastar menos com a operação da partida que não terá torcedores. A liberação da Conmebol chegou junto com o aval do governo chileno para volta de público aos estádios, mas somente a partir do fim desse semana, portanto esse confronto se manterá de portões fechados.

O Flamengo e o Atlético-MG visitam Defensa Y Justicia e Boca Juniors, respectivamente, na Argentina, país que como o Brasil não deve liberar de imediato o retorno de público. O São Paulo recebe o Racing (ARG) nesta semana e na próxima jogará de visitante, também sem torcida.

Pela Sul-Americana, Grêmio e Bragantino jogam no Equador pelas oitavas de final esta semana (contra LDU e Del Valle, respectivamente) sem também programação de portões abertos, mas o Athletico-PR visita o América de Cali, jogo que será na cidade de Pereira, em uma Colômbia que já liberou em junho público em jogo das Eliminatórias da Copa do Qatar. Para o confronto dessa semana há negociação, mas a imprensa colombiana avalia como pequena a chance de liberação pelo pouco tempo para se criar uma operação viável. O Santos recebe o Independente e na semana que vem joga na Argentina sem risco da presença de fãs rivais.

Pelo protocolo da Conmebol, só poderá entrar nos estádios pessoas com teste RT-PCR negativo para covid-19, feito até 48 horas antes do jogo, ou vacinados com a imunização completa, ou seja, 14 dias após as duas doses (ou uma dependendo do laboratório) recebidas. Será obrigatório uso de máscara dentro da arena e distanciamento entre os assentos. O plano pede que sejam criados setores separados para os vacinados e para os com testes negativos e recomenda-se a proibição da entrada de menores de 18 anos, grávidas e pessoas com comorbidades.