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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Esboço da Liga de clubes tem Conselho de cartolas e executivo contratado

Rodolfo Landim e Guilherme Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes do Brasil - Igor Siqueira/UOL Esporte
Rodolfo Landim e Guilherme Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes do Brasil Imagem: Igor Siqueira/UOL Esporte

Colunista do UOL

28/07/2021 04h00

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A estrutura da Liga de clubes começa a ser desenhada e na reunião dos representantes dos times das Séries A e B, realizada na semana passada, houve direcionamento para a criação de um Conselho que administraria a entidade — formado por presidentes dos clubes. O formato será definido pelo estatuto, como quantos membros por divisão e tempo de mandato.

A parte operacional, entretanto, seria comandada por um executivo, a ser contratado e, claro, remunerado — é o modelo das principais ligas do mundo.

Há consenso entre a cartolagem que é necessário um CEO que trabalhe temas como negociação com fornecedores, arbitragem, questões comerciais e de marketing, entre outros pontos. Ainda não se sabe como seria a negociação dos direitos de transmissão, se coletiva ou individual, e se isso estaria sob a alçada do executivo.

Como mostrou o UOL Esporte, a reunião por videoconferência encaminhou que o novo bloco deve nascer como associação e não como empresa — o que não impediria que um profissional fosse contratado para tocar a parte operacional.

A definição de que a liga deve ser associação é direcionada por aspectos jurídicos da natureza dos clubes. Como a maioria compõe o sistema associativo, eles não podem se tornar sócios ou fazer adesão a uma sociedade empresarial.

O encontro da semana passada foi tenso. O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, e o presidente do Conselho Administrativo e CEO do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, bateram boca.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bellintanti disse que a reunião deveria ter sido presencial. Petraglia, então, disparou: "Se fosse presencial, tá tinha acabado porque eu teria metido a mão na sua cara". Posteriormente, o dirigente do clube paranaense ainda disse que não aguentava mais "Euricos" do futebol, em uma referência ao ex-presidente do Vasco Eurico Miranda.

A queda de braço entre os dois se deu, como publicou o repórter Igor Siqueira no UOL Esporte, por discordâncias no processo de tomada de decisão envolvendo a liga. E os clubes ainda não estão discutindo nem a divisão das cotas de TV. A intenção é assinar o estatuto em agosto.