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Super Copa Intercontinental pode ter campeões da Libertadores e da Sula
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A Uefa (União Europeia de Futebol) e a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciaram nesta semana a criação de um escritório em conjunto, em Londres, para a coordenação de projetos em comum. Na prática, a união servirá para prospecção de acordos comerciais para a realização de jogos e torneios.
O primeiro evento combinado será o confronto entre as seleções de Argentina e Itália, campeões da Copa América e da Euro, em junho de 2022, já com três edições programadas. Mas há um plano mais ambicioso, de uma Super Copa Intercontinental de clubes, provavelmente a partir de 2023.
Desde 2017, existe a intenção, principalmente da Conmebol, de reativar o confronto realizado de 1960 a 2004 entre os vencedores da Libertadores e da Liga dos Campeões, mas que nunca se concretizou por falta de datas.
No começo de 2021, as conversas progrediram para que o Intercontinental se estendesse ao futebol feminino, com o encontro entre as campeãs da Europa e da América do Sul no mesmo período dos homens e até na mesma sede —o Qatar, que tem sua empresa aérea como parceira comercial da Conmebol, se interessou para receber esse evento por dez anos.
O plano agora pode crescer ainda mais: a depender de como o escritório em conjunto conseguirá encontrar novos patrocinadores, ou turbinar contratos já existentes, é possível que mais um confronto, entre os campeões dos segundos torneios continentais das federações, a Copa Sul-Americana e a Liga Europa, seja incluído no pacote.
O Super Intercontinental poderia ter, portanto, confrontos entre os campeões continentais masculino e feminino e os vencedores dos torneios de segunda importância entre os homens. A depender do dinheiro que poderia entrar no projeto, e de data em calendário, seria possível um quadrangular entre os times masculinos, para definir o campeão intercontinental, e não somente dois confrontos separados.
O calendário é um fator importante para que Uefa e Conmebol coloquem de pé o projeto. A Fifa quer uma mudança radical nas datas do futebol, que culminaria na Copa do Mundo de seleções ser disputada a cada dois anos, e não quatro como atualmente. As federações europeia e sul-americana são contra, muito porque acham que perderão espaço para projetos como o da Copa Intercontinental.
A Copa Intercontinental
Entre 1960 e 1979, os vencedores da Libertadores e da Liga dos Campeões jogavam partidas de ida e volta, em suas casas, ou seja, na Europa e na América do Sul. A partir de 1980, com patrocínio da montadora japonesa Toyota, o jogo passou a ser único, no Japão. Em 2004, ocorreu a última edição porque, no ano seguinte, a Fifa passou a organizar o seu Mundial como é conhecido hoje, nas mesmas datas em que ocorriam a Copa Intercontinental.
Santos duas vezes (1962 e 1963), Flamengo (1981), Grêmio (1983) e São Paulo duas vezes (1992 e 1993) foram os brasileiros que venceram a Copa Intercontinental —em 2017, a Fifa deu status de título mundial à competição. O torneio feminino seria inédito.
E o Mundial da Fifa?
O plano da federação internacional de criar uma competição maior, com 24 participantes e quadrienal, está em xeque. A primeira edição do Super Mundial estava pré-agendada para 2021, na China, mas a pandemia atrapalhou —com o adiamento de torneios de seleções como a Eurocopa e a Copa América, não havia calendário que suportasse esse novo Mundial agora.
Em 2021, foi mantido o torneio com sete participantes, que seria em dezembro no Japão, mas o país desistiu da organização porque não poderia ter público devido à pandemia —a Fifa busca uma nova sede e pode até adiar o torneio para fevereiro de 2022. O Rio se interessou, mas já está descartado.
Para 2022, a Fifa excluiu de seu orçamento qualquer Mundial e a competição não deve ocorrer pela primeira vez desde 2005. Isso pode se estender para os anos seguintes se o Super Mundial não sair do papel.
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