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Por que Fifa não vai suspender e tirar México da Copa-2022 após selvageria
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Não haverá punição por parte da Fifa à federação mexicana, ou à liga que organiza o campeonato no país, por causa do confronto entre torcedores do Querétaro e do Atlas, no sábado. As imagens da selvageria rodaram as redes sociais, com pessoas sendo chutadas no chão já inconscientes, e segundo o governador de Querétaro, Mauricio Kuri, são 26 hospitalizados, ao menos 3 em estado grave e dez em situação delicada.
A Fifa não costuma intervir em situações de brigas entre torcedores. Deixa a condução a cargo das autoridades locais, com processos judiciais contra os envolvidos, e com a associação filiada, que tem liberdade para realizar punições no âmbito desportivo contra clubes e dirigentes, caso seja necessário. Não há risco, portanto, de a seleção mexicana ficar fora da Copa do Qatar caso se classifique à competição — as três vagas diretas da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe) e a da repescagem mundial serão definidas no fim de março.
Em nota divulgada neste domingo, a direção da entidade se disse chocada com as imagens e que a violência é "inaceitável e intolerável". Mas deixa claro que não atuará diretamente no caso: "a Fifa se une à Associação Mexicana de Futebol e à Concacaf para condenar este bárbaro incidente e encorajar as autoridades locais a fazer justiça rápida aos responsáveis".
Havia preocupação na imprensa mexicana, que dava voz a dirigentes da associação, de que o confronto também pudesse prejudicar o México como sede da Copa do Mundo de 2026, evento que dividirá com EUA e Canadá — nada acontecerá quanto a isso. As cidades do México (capital), de Guadalajara, casa do Atlas e a 340 km de Querétaro, e de Monterrey devem ser confirmadas como as sedes mexicanas.
Os mexicanos têm trauma de suspensão que tira vaga na Copa: o país não pôde participar do Mundial de 1990, na Itália, por ter recebido dois anos de suspensão na época ao utilizar jogadores com idades adulteradas em torneios de seleções de base. Desde então foram sete Mundiais e em todos os mexicanos estiveram presentes.
Em fevereiro de 2012, mais de 70 pessoas morreram no Egito em confronto entre torcedores do Al Ahly e do Al Masry. O fato ocorrido na cidade de Port Said fez com que o campeonato local ficasse um ano sem ocorrer, por decisão da federação após pressão do governo, mas a seleção do Egito continuou jogando normalmente em 2012, inclusive participando dos Jogos Olímpicos de Londres entre julho e agosto daquele ano.
Num primeiro momento, as autoridades egípcias chegaram a intervir na federação, o que gerou reação da Fifa, já que a entidade proíbe que governos tenham ingerência conhecida nas associações filiadas. Mais de 70 pessoas foram julgadas acusadas de participação no confronto e ao menos 11 foram condenadas à pena de morte, que é prevista na legislação do Egito.
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