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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Caixa contrata consultoria para reestruturar dívida da arena do Corinthians

Bandeirinha de escanteio da Neo Química Arena, antes de Corinthians x Bragantino - Marcello ZambranaAGIF
Bandeirinha de escanteio da Neo Química Arena, antes de Corinthians x Bragantino Imagem: Marcello ZambranaAGIF

Colunista do UOL

25/03/2022 04h00

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A Caixa Econômica Federal contratou uma empresa de consultoria para auxiliar na proposta de readequação da dívida da Arena Itaquera S/A, controlada por Corinthians e pela construtora Odebrecht.

A Grant Thornton vai, segundo o contrato, executar serviços envolvendo análise econômico-financeira, contábeis trabalhistas, previdenciários e tributários da Arena Itaquera e do Sport Club Corinthians Paulista. O acordo é do início de fevereiro e a Caixa pagará R$ 335 mil à empresa.

A Caixa cobra ao menos R$ 536 milhões da Arena Itaquera S/A, que administra o estádio hoje nomeado de Neo Química Arena. No início de março o jornalista Ricardo Perrone, em sua coluna no UOL Esporte, mostrou que a Justiça suspendeu por mais 60 dias o processo que a Caixa move para que as negociações de readequação da dívida continuem. Há o risco, segundo o juiz Victorio Giuzio Neto, de o estádio voltar ao banco e ir a leilão caso não saia o acordo.

A coluna apurou que a contratação da consultoria é um passo adiante na negociação entre banco e Corinthians, mas a análise que será feita pode demorar alguns meses. Em janeiro, o presidente corintiano, Duilio Monteiro Alves, disse que um acerto com a Caixa estava próximo de sair, que é a posição oficial do clube atualmente e pelo menos desde novembro de 2020.

A Caixa alega que a Arena Itaquera atrasou parcelas referentes ao financiamento de R$ 400 milhões feito com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por intermédio da Caixa, para a construção do estádio alvinegro por meio de programa de obras para a Copa do Mundo de 2014 — a Arena em Itaquera foi sede do Mundial. A Caixa então executou o contrato exigindo o pagamento da dívida total.

Com a multa, a cobrança chegava a R$ 536 milhões, nas contas da Caixa, no início da ação apresentada em 2019 à Justiça Federal, segundo a coluna de Ricardo Perrone. O clube contesta o valor.