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Liga das Nações mundial é opção da Fifa após Copa do Mundo bienal fracassar
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A direção da Fifa fracassou, por enquanto, com o plano de alterar o calendário do futebol colocando a Copa do Mundo para ser disputada a cada dois anos, e não quatro como atualmente, após o Mundial de 2026 nos EUA, Canadá e México. E é da América do Norte que chegou uma proposta que é um meio termo que pode agradar e deverá ser debatida nos próximos meses: uma Liga das Nações mundial.
A ideia, encabeçada pelo canadense Victor Montagliani, presidente da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe), membro do Conselho e um dos vices da Fifa, seria turbinar o que foi a Copa da Confederações, realizada até 2017 e que reunia os campeões continentais, o atual campeão mundial e o país-sede, normalmente o mesmo da Copa seguinte.
Financeiramente ruim para a Fifa, o torneio foi extinto abrindo brecha no calendário nos anos ímpares pré Copa que seria usado para um Mundial de Clubes maior com 24 participantes, mas que até agora não saiu no papel e nem há previsão para isso.
O plano agora seria aumentar a Confederações, criando uma Liga Mundial com 16 participantes, entre vencedores (ou até vices) continentais, classificados por ranking Fifa e campeões mundiais recentes, que disputariam jogos mata-mata espalhados pelo mundo até chegar a um "final four", nos moldes do que é feito pela Uefa em sua Liga das Nações.
Mesmo com a rejeição de europeus e sul-americanos à Copa do Mundo bienal, há consenso entre a cartolagem que é necessário mudar o calendário, principalmente encurtando as Eliminatórias e criando mais espaço para jogos intercontinentais. Uefa e Conmebol montaram um escritório comercial conjunto, em Londres, que pode resultar na entrada dos sul-americanos na Liga das Nações europeia, mas estender isso aos outros continentes pode também ser vantajoso financeiramente a essas duas confederações.
As Eliminatórias mais curtas criariam espaço para jogos da Liga das Nações Mundial. O plano inicial é ser uma "Copa do Mundo" com menos times, apenas em formato mata-mata, e com extensão maior, que poderia ser realizada entre as Copas regulares. Foge da proposta da Fifa de um Mundial com 48 participantes, com sede fixa, mas pode ser uma opção que agrade parceiros comerciais.
Para os sul-americanos abriria o leque para enfrentar seleções de outros continentes com mais frequência, principalmente europeus. Desde março de 2019, quando venceu a República Tcheca em Praga por 3 a 1, o Brasil não joga contra um rival da Europa — e serão dois, Suíça e Sérvia, na primeira fase da Copa do Qatar, entre novembro e dezembro (Camarões completa a chave).
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