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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Libertadores: governo do Equador atua para segurar a final em Guayaquil

Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, no Equador - Reprodução/Facebook
Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, no Equador Imagem: Reprodução/Facebook

Colunista do UOL

03/08/2022 13h00

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O governo do Equador garantiu à direção da Conmebol que haverá investimento para a segurança de turistas e delegações durante a final da Libertadores, marcada para o Estádio Monumental de Guayaquil, em 29 de outubro.

Um decreto assinado pelo presidente do país, Guillermo Lasso, foi publicado ontem (terça-feira) classificando de interesse nacional a realização da decisão da Libertadores masculina e de toda a Libertadores feminina, de 13 a 28 de outubro. A final do torneio das mulheres ocorre um dia antes da decisão entre os homens, mas na capital Quito.

Na prática isso significa que o governo equatoriano poderá colocar com menos burocracia dinheiro na organização dessas duas competições. Deverá haver também auxílio ao Barcelona, dono do Monumental, na adequação do estádio para a final, com participação da prefeitura de Guayaquil — estima-se um valor de US$ 2 milhões (R$ 5,2 milhões). A Conmebol já participa financeiramente das reformas, ajudando em melhorias de acessibilidade, drenagem e irrigação do gramado e estrutura dos vestiários.

A coluna apurou que a Conmebol não cogitou retirar a final da Libertadores de Guayaquil, mas demonstrou preocupação às autoridades equatorianas com relação à segurança. Em junho, 18 dias de protestos por causa do preço dos combustíveis deixaram seis mortos e centenas de feridos. Em 30 de junho houve um acordo entre o governo e os manifestantes e a situação acalmou.

A confederação sul-americana, porém, queria garantias de que não se repetiria 2019, quando precisou tirar a final entre Flamengo x River Plate (ARG) de Santiago, no Chile, a menos de um mês da partida, em novembro, por causa da tensão social no país. Na ocasião não houve garantias governamentais e o confronto foi para Lima, no Peru.

Reuniões para tratar do tema foram realizadas na semana passada, como noticiou o GE.com, que resultaram no decreto publicado pelo presidente Lasso. Havia também preocupação com relação às obras do estádio.

Cinco clubes brasileiros estão nas quartas de final da Libertadores e poderão estar em Guayaquil: Flamengo, Corinthians, Atlético-MG, Palmeiras e Athletico-PR. Há possibilidade, inclusive, de se repetir as edições de 2020 (Palmeiras 1 x 0 Santos, no Maracanã) e de 2021 (Palmeiras 2 x 1 Flamengo, em Montevidéu) com uma decisão 100% brasileira.