Fifa transmitirá Mundiais de base com exclusividade em seu streaming

A Fifa transmitirá os Mundiais femininos sub-20 e sub-17 com exclusividade em seu streaming, o Fifa+, a 22 territórios. E dois desses mercados são dos mais importantes para a federação internacional: a Alemanha e o Reino Unido.

A entidade decidiu realizar essas transmissões em seu canal, que estreou em abril, para locais onde nenhuma empresa adquiriu os direitos, ampliando o total de regiões que receberão o sinal para 221. É mais, por exemplo, dos que as 219 que verão, por enquanto, a Copa do Mundo do Qatar, entre 21 de novembro e 18 de dezembro

No Brasil, o Grupo Globo tem exclusividade para as duas Copas femininas, em todas as plataformas (TV, rádio, internet e mobile) — não passará no Fifa+. O Mundial sub-20 da Costa Rica começa já na próxima quarta-feira, dia 10, e termina em 28 de agosto. O Brasil está no Grupo A e estreia no dia 10 contra a Espanha, às 20h (de Brasília) — e transmissão do SporTV. Completam a chave a Costa Rica e a Austrália.

A Alemanha está na chave B, com Colômbia, Nova Zelândia e México, e os torcedores só terão o streaming da Fifa, que é gratuito, para ver as partidas. Será o primeiro torneio organizado pela Fifa que será transmitido pelo Fifa+, que já havia passado o sorteio dos grupos do Mundial sub-20 no dia 5 de maio.

O Mundial sub-17 será de 11 a 30 de outubro, na Índia. O Brasil estará no Grupo A, com Índia, EUA e Marrocos — o SporTV também transmitirá. A Alemanha participará e caiu na chave B, com Nigéria, Nova Zelândia e Chile.

Outros cinco países terão sinal aberto dos Mundiais no Fifa+, mas não será exclusivo porque também houve venda para uma empresa: Dinamarca, Suécia, Ilhas Faroe, Groenlândia e Noruega. O NENT (Nordic Entertainment Group) comprou os direitos para TV.

A Fifa define os locais a que negocia seus campeonatos como territórios, e não países, porque em alguns casos as vendas ocorrem para regiões que nem autônomas são. Um exemplo é o departamento francês chamado Reunião, uma ilha no Oceano Índico, em águas africanas, que a Fifa cede separadamente dos pacotes oferecidos para a França.

O Fifa+ foi lançado em 12 de abril e promete até 40 mil partidas ao vivo, e de graça, em 2022 com competições diversas de 100 confederações filiadas, 11 mil delas femininas. A Fifa não cobrará assinatura em sua plataforma e não há planos, a médio prazo pelo menos, para exigir pagamento. Além de jogos ao vivo há partidas na íntegra de Copas do Mundo passadas e documentários contando histórias de profissionais do futebol.

Novidade
A Fifa pretende realizar vários testes de eventos ao vivo em seu streaming, para conhecer as viabilidades financeira e técnica. Só que neste momento a cúpula da federação Fifa avalia que o serviço deve focar em torneios de países em desenvolvimento e no futebol feminino, o que exclui exibição dos jogos da Copa do Mundo do Qatar.

Para o Brasil, a Fifa ainda tenta vender os direitos digitais da Copa-2022 que recuperaram da Globo em 2021. A organização já ofereceu a diversas empresas, como Netflix, Warner Media (HBO Max), Amazon (Prime Vídeo) e Grupo Disney (Star+), mas nenhuma negociação avançou. Há um obstáculo que é a concorrência com a TV aberta, não só pelo meio convencional, mas com a Globo transmitindo jogos por streaming por meio do Globoplay — a emissora perdeu a exclusividade do digital na renegociação de dívida com a federação internacional.

Para os direitos que detém exclusividade (TV e rádio), a Globo repassou até o momento a sete emissoras os direitos do Mundial para o rádio: - Itatiaia (MG); Grupo Bandeirantes (SP) - com transmissão das rádios Bandeirantes e Bandnews FM; Transamérica (SP); Gaúcha (RS); Jovem Pan (SP) ; Energia 97 (SP) e Jornal (PE).

VEJA OS TERRITÓRIOS QUE TERÃO SINAL EXCLUSIVO DOS MUNDIAIS DE BASE FEMININOS PELO FIFA+:

Américas
Cuba

Ásia
Afeganistão
Hong Kong
Laos
Mianmar
Filipinas
Singapura
Vietnã

Europa
Alemanha
Reino Unido
Irlanda do Norte

Oceania
Ilhas Cook
Micronésia
Fiji
Nauru
Kiribati
Papua Nova Guiné
Niue
Ilhas Solomon
Samoa
Tonga
Vanuatu