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Fifa orienta árbitros a uso mínimo do VAR na Copa do Mundo do Qatar
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A direção da Fifa quer que o VAR, o árbitro de vídeo, seja usado o mínimo possível na Copa do Mundo do Qatar, entre 20 de novembro e 18 de dezembro. Entre maio e junho, a entidade realizou seminários em que participaram os 36 árbitros, 69 assistentes e 24 AVARs selecionados para o Mundial. O objetivo: prepará-los para resolver em campo a maioria das marcações e que o VAR seja apenas um suporte.
"Nosso objetivo é preparar o árbitro da melhor forma possível para evitar o uso de tecnologia", disse Pierluigi Colina, ex-árbitro italiano que preside o Comitê de Arbitragem da Fifa. "A tecnologia existe para minimizar o erro humano, que pode acontecer com o melhor árbitro. Mas a ideia é minimizar esses erros em campo", disse Colina.
Os profissionais da Fifa enfatizaram aos árbitros o lema do VAR: usá-lo apenas em erros "claros e óbvios". Ou seja, o vídeo não pode ser uma segunda chance para o árbitro de campo.
"O sacrifício que estamos fazendo, os seminários; falando e falando, é porque queremos alcançar um objetivo. Tenho certeza de que os árbitros entendem essa mensagem e vão se sair muito bem", disse o suíço Massimo Busacca, diretor de arbitragem da Fifa.
Os seminários, realizados em Assunção, Madri e Doha, tiveram parte teórica, mas principalmente simulações em campo de lances costumeiros que acabam sendo usados excessivamente pelo VAR sem necessidade — como toque de mão dentro da área, que pela orientação é para ter uma decisão rápida em campo a não ser que seja um erro absurdo.
A Copa do Qatar terá também o impedimento semiautomático, quando câmeras levarão à cabine do VAR quase em tempo real a posição do atleta supostamente irregular e do momento em que a bola foi lançada. Isso evitará que o AVAR trace manualmente linhas verticais e horizontais para identificar o possível fora de jogo, o que causa perda de tempo e até erros de precisão.
O Brasil terá dois árbitros no Qatar, Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio — é provável que Sampaio atue mais como VAR, apesar de ter sido escalado entre os 36 principais. Serão cinco assistentes: Neuza Back (primeira brasileira a trabalhar em uma Copa masculina), Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires e Danilo Simon. Não foi convocado nenhum AVAR brasileiro.
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