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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Arma em briga, cadeiras quebradas do Castelão custaram R$ 1,7 mi aos clubes

Torcedores do Ceará entraram no gramado do Castelão durante tumulto - Lucas Emanuel/AGIF
Torcedores do Ceará entraram no gramado do Castelão durante tumulto Imagem: Lucas Emanuel/AGIF

Colunista do UOL

17/10/2022 10h06

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A quebra de cadeiras na Arena Castelão tem sido comum em 2022 em jogos do Ceará e do Fortaleza. Esses assentos foram usados como arma por vândalos na tarde de domingo (16), na confusão que encerrou antes do fim o confronto entre Ceará 1 x 1 Cuiabá, pelo Brasileirão.

De janeiro a setembro deste ano, os dois clubes cearenses pagaram ao governo do Ceará, que administra o Castelão, R$ 1,72 milhão por causa de mais de 4 mil cadeiras danificadas, a maioria arrancada.

No começo do mês passado, as diretorias dos dois clubes iniciaram uma campanha nas redes sociais para que os torcedores parassem de danificar os assentos, não só por questão financeira, mas também por segurança.

Neste domingo, uma briga entre membros de organizadas do Ceará começou no setor superior norte do Castelão após o Ceará empatar contra o Cuiabá, no fim da partida. Torcedores que acompanhavam crianças e idosos invadiram o campo para fugir das cadeiras que começaram a ser arremessadas entre os vândalos e também ao gramado.

Depois de alguns minutos de jogo paralisado, aqueles que iniciaram a briga entraram no campo em direção aos jogadores, que correram para se proteger nos vestiários.

Após mais de uma hora de paralisação, o árbitro Caio Max Augusto Vieira encerrou o jogo. Na súmula ele informou que a polícia militar não garantiu a segurança e, por isso, ele decidiu finalizar a partida aos 49 minutos do segundo tempo, cinco antes do fim previsto pelos acréscimos.

O governo estadual ainda não divulgou o valor do prejuízo causado no domingo e que será pago pelo Ceará. Uma reunião ocorrerá na tarde desta segunda-feira e contará com a presença de representantes dos clubes, da federação cearense, de forças de segurança e do ministério público.

O clube, que como mandante é o responsável pela segurança da partida, deve ser denunciado pela procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e é possível que jogue sem torcedores no estádio o restante do Brasileirão. Em 16º na tabela com 34 pontos, três a mais do que o Cuiabá, primeiro na zona do rebaixamento, o Ceará tem mais duas partidas como mandante (contra Fluminense e Juventude).