Topo

Marcel Rizzo

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Copa do Mundo feminina de 2023 pode ter transmissão por streaming da Fifa

Pia Sundhage, técnica da seleção brasileira, durante sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2023 - Joe Allison/Getty Images
Pia Sundhage, técnica da seleção brasileira, durante sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2023 Imagem: Joe Allison/Getty Images

Colunista do UOL

25/10/2022 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A Fifa avalia a transmissão da Copa do Mundo feminina 2023 para todo o mundo por seu streaming, o Fifa+. O torneio ocorrerá entre 20 de julho e 20 de agosto do ano que vem, na Austrália e na Nova Zelândia. Para o Brasil, a Globo já detém os direitos em TVs aberta e fechada (SporTV) e internet.

No sábado (22) foram sorteados os grupos do torneio e o Brasil caiu no F, com França, Jamaica e o vencedor da repescagem mundial que terá Paraguai, Papua Nova Guiné, Panamá e Taiwan - a definição do último integrante será em fevereiro.

As informações sobre os direitos de transmissão do Mundial foram repassadas aos membros do Conselho da Fifa em reunião na manhã de sábado em Auckland, na Nova Zelândia, noite de sexta passada no horário de Brasília. A direção da Fifa planeja a transmissão por seu streaming depois de encontrar dificuldade em vender o torneio a alguns países pelo preço que acha justo.

Seria o primeiro torneio "classe A" da Fifa com alcance global pelo streaming lançado em abril de 2022, que tem acesso gratuito em todo o mundo. Algumas competições já apareceram na plataforma, como as Copas femininas sub-20, em agosto, e sub-17, que está em andamento neste momento na Índia, para teste principalmente de acessibilidade.

A Copa do Mundo masculina do Qatar, entre novembro e dezembro, a princípio, não terá transmissão pelo Fifa+.

Negociação

A menos de nove meses do início da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, a Fifa vendeu os direitos para TV, rádio, mobile e internet a empresas de 160 países, número considerado baixo — a Copa do Qatar, por exemplo, tem o evento negociado a 219 territórios.

Mercados importantes como Reino Unido, Portugal e China não tiveram empresas que adquiriram o torneio até o momento e, hoje, a única maneira dos moradores dessas regiões assistirem aos confrontos seria pelo Fifa+.

Internamente, a Fifa tem reclamado que as propostas recebidas são baixas já que o futebol feminino teve um crescimento expressivo de audiência nos últimos anos — a Copa de 2019 na França teve 30% a mais de espectadores considerando várias plataformas do que a anterior em 2015, no Canadá.

Os principais contratos de direitos de transmissão da Fifa terminaram em 2022, inclusive com o Grupo Globo. Para a Copa feminina de 2023, a emissora carioca e a federação internacional fecharam um novo contrato que retira, por exemplo, exclusividade para streaming. Para as demais plataformas, como TVs aberta e fechada, a Globo mantém direitos exclusivos e pode, inclusive, vender a outras empresas caso queira.