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Fifa pode evitar em outros torneios aumento de convocados da Copa do Qatar
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A direção da Fifa avalia se manterá o aumento de 23 para 26 convocados em seus principais torneios no futuro. A exceção será aplicada na Copa do Mundo do Qatar, que terá início em 20 de novembro com a final marcada para 18 de dezembro.
A Copa do Mundo feminina, que será disputada entre 20 de julho e 20 de agosto de 2023 na Austrália e na Nova Zelândia, poderá manter o máximo de 23 convocadas, apurou a coluna. O número já foi oficializado no regulamento da repescagem mundial da competição, divulgado nesta terça-feira (1), que reunirá dez seleções em fevereiro do ano que vem, na Nova Zelândia, em busca das três últimas vagas no Mundial. O regulamento da fase final ainda será publicado.
O número de 23 inscritos já havia sido mantido nos recentes Mundiais de Clubes, mesmo nos realizados durante a pandemia de covid-19. A avaliação da cúpula da Fifa é que 23 continua sendo o ideal para a participação em torneios de curto período para tentar equilibrar forças — seleções mais fortes se beneficiariam de maior número de convocados. Nos torneios de base está mantido o máximo de 21.
Há, entretanto, uma alteração de aumento do número de inscrições que a Fifa vai manter em seus torneios de seleções: as pré-listas, que eram de no máximo 35 jogadores, vão ser fixadas em até 55, como ocorre na Copa do Mundo do Qatar. Os 23, ou 26, convocados finais são escolhidos obrigatoriamente com base nessa relação inicial, que é enviada à Fifa normalmente um mês antes da abertura da competição.
Para a Copa do Qatar, todos os 26 jogadores estarão aptos a participar de um jogo: 11 dentro de campo e 15 como suplentes. Para isso ocorrer a Ifab (International Board) alterou a regra 3 do futebol, que previa o máximo de 12 atletas no banco de reservas.
A regra
A quantidade de jogadores que podem ser convocados para um torneio da Fifa é definido no regulamento específico de cada competição -- no caso da Copa do Qatar são 26, após alteração no regulamento. O aumento de convocados tem a pandemia e o calendário como explicações. A possibilidade de contaminação de jogadores por covid-19 durante o torneio faz, na visão das comissões técnicas, necessário ter mais opções para substitui-los, já que eles teriam que ser isolados do restante da delegação.
Mas a realização da Copa entre novembro e dezembro (para minimizar o calor do Oriente Médio), e não nos tradicionais meses de junho e julho, também foi usado como argumento. Como a temporada de clubes estará em andamento na maioria dos países, incluindo a elite europeia que cede mais jogadores à Copa, a liberação desses atletas às seleções só ocorrerá dia 14 de novembro, menos de uma semana antes da abertura do torneio no dia 20.
Normalmente essa liberação ocorre três semanas antes, incluído período de descanso a esses profissionais de sete dias. Há portanto preocupação com lesões. A Copa também vai durar menos dias, 29 em vez de 32, com menos tempo de descanso entre as partidas.
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