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Copa: campanha do Qatar mostra que dinheiro faz estádio, não boa seleção
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O Qatar foi o pior anfitrião da história das Copas do Mundo. Não passou da primeira fase como a África do Sul em 2010, mas os sul-africanos 12 anos atrás somaram quatro pontos no Grupo A, com um empate contra o México e uma vitória sobre a França — teve os mesmos quatro pontos dos mexicanos, mas perdeu a segunda vaga no saldo de gols.
O Qatar perdeu seus três jogos em 2022, levou sete gols e fez só um. Péssima campanha de uma seleção que nos últimos três anos parecia se mostrar competitiva a ponto de não passar vexame.
Em 2019, conquistou a Copa da Ásia com vitórias convincentes: na semifinal venceu os donos da casa, os Emirados Árabes Unidos, por 4 a 0 e na decisão bateu o tradicional Japão por 3 a 1.
No mesmo ano foi convidada para jogar a Copa América, como preparação para a Copa. Foi eliminada na primeira fase, mas teve campanha melhor do que no Mundial. Somou um ponto em empate contra o Paraguai (2 a 2), e teve jogos decentes nas derrotas para a Colômbia (1 a 0) e Argentina (2 a 0).
Tudo não passou de uma ilusão. No mesmo ano de 2010 em que a África do Sul caía na primeira fase de sua Copa, o Qatar ganhava o direito de ser sede em 2022 — escolha polêmica, com denúncias de compra de votos. Foram portanto 12 anos de preparação: o país construiu estádios, reformou outros e levantou do zero até uma cidade para receber um torneio ostentação.
Mas nem com todos os dólares o governo do Qatar conseguiu, em mais de uma década, formar uma seleção competitiva, que pudesse brigar, quem sabe, por uma quartas de final como a Rússia em 2018 ou até uma semifinal como a Coreia do Sul em 2002. Foram feitas clínicas, técnicos estrangeiros foram contratados, jogadores naturalizados. Nada adiantou. Holanda e Senegal passaram no Grupo A e os qatarianos agora terão que escolher outra seleção para torcer.
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