Pelé é único, mas invejo os argentinos que encontraram um outro Maradona

Pelé é o maior, e melhor, jogador de futebol de todos os tempos. Para brasileiros não há discussão, mas tem alemães que acham Beckenbauer, holandeses que citam Cruyff, franceses Zidane ou Platini e argentinos Maradona e, agora, Messi.

Como brasileiro, não vejo polêmica: Pelé é inalcançável. O que não tem discussão é que Pelé é o maior e melhor jogador de futebol nascido no Brasil, um país que formou diversos craques.

Leônidas da Silva, Didi, Garrincha (!!!!), Zico, Falcão, Sócrates, Romário, Ronaldos (Fenômeno e Gaúcho), e, por que não, Neymar. Todos gênios em suas épocas, mas ninguém ousa colocá-los no patamar de Pelé. Seja você brasileiro, alemão, holandês, francês ou argentino.

A Argentina teve seu Pelé em Diego Maradona, campeão do mundo em 1986, vice em 1990. Parecia que os argentinos também teriam seu jogador inalcançável, aquele que por mais que você crie craques, serão grandes em suas épocas, mas jamais chegarão ao patamar do número 1. Que engano. E que inveja.

A Argentina conseguiu um segundo Maradona. Um outro jogador que, para os argentinos, pode ser considerado o melhor da história. O que Lionel Messi tem feito na Copa do Qatar, aos 35 anos, o coloca acima na prateleira de outros gênios do futebol que já citei neste texto, de várias épocas, e se a Argentina levantar a taça no domingo o país vizinho ficará dividido e vai debater: quem foi melhor e maior: Maradona ou Messi?

Uma discussão que, provavelmente, os brasileiros jamais terão um dia sobre Pelé e qualquer outro jogador. Admito que gostaria de ver outro Pelé por aqui e invejo os argentinos que acharam um segundo Maradona.