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Como é o plano do Real para desenvolver Endrick e evitar 'dor de cabeça'
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As metas estipuladas no contrato de venda do atacante Endrick do Palmeiras ao Real Madrid têm como objetivo proteger os espanhóis de que o jogador de 16 anos, que permanecerá no Brasil até meados de 2024, não interromperá seu desenvolvimento profissional.
Os clubes não anunciaram os valores da negociação devido à cláusula de confidencialidade, mas os termos acabaram conhecidos: uma operação total de 72 milhões de euros (R$ 394 milhões).
São 60 milhões de euros (R$ 328 milhões), com uma parte garantida maior (35 mi de euros) e outra menor por metas (25 mi de euros), e 12 milhões de euros (R$ 65 milhões) que os espanhóis pagarão de impostos em seu país. O Palmeiras considera a maior venda da história do Brasil.
Os 25 milhões de euros variáveis a partir de metas podem ser pagos até 2030, quando encerra o contrato assinado por Endrick com o Real Madrid. A coluna apurou que a diretoria do Palmeiras considera todas viáveis e boa parte do montante já deve ser repassado neste um ano e meio que o atacante jogará no Brasil.
Estipular metas é parte da estratégia do novo plano de aquisições de jovens jogadores adotado pelo clube espanhol que evita, na visão deles, que a revelação já comprada fique subutilizada no clube de origem até ter idade de se mudar para Madri, trazendo assim uma "dor de cabeça" à equipe.
No caso de Endrick, uma das metas estipuladas é que ele faça ao menos 20 jogos pelo Palmeiras até junho de 2024, algo que só não ocorrerá se o garoto se machucar. Desta maneira, o clube espanhol garante que ele terá minutos em campo. Há também objetivo de gols marcados.
O Real teve acordos feitos em que o jovem jogador acabou encostado no clube de origem já com boa parte do valor acertado pago. Há temor, por exemplo, que o vendedor priorize o uso de outros garotos que ainda não foram negociados e precisam ser valorizados.
Outro temor que levou o clube espanhol a impor as metas é que, com o dinheiro fixo que entraria da transação, os clubes contratassem veteranos para a posição, limitando a participação e o desenvolvimento daquela revelação que já compraram.
No caso de Endrick é improvável que ocorra algo assim. O Palmeiras já o incorporou ao profissional em 2022 e ele começará a pré-temporada com o time de cima em 2023.
O clube solicitou à CBF a desconvocação do atacante da seleção brasileira sub-20 que jogará o Sul-Americano na Colômbia, entre janeiro e fevereiro. E o argumento é justamente de que, agora, ele faz parte do profissional.
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