Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
TVs oferecem 60% a menos por direitos da Série B e assustam clubes
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Os dirigentes de parte dos clubes que disputarão a Série B do Brasileiro em 2023 estão preocupados com a negociação para a venda dos direitos de transmissão do campeonato. Com o fim, em 2022, do contrato de exclusividade com o Grupo Globo, a CBF abriu uma concorrência em que convidou os principais grupos de mídia do país a apresentarem propostas, e o resultado, por enquanto, não agrada.
A coluna apurou que as respostas enviadas, em meados de janeiro, totalizavam R$ 80 milhões por ano para todas as plataformas oferecidas: TV aberta (que inclui streaming gratuito), TV fechada (dois pacotes), pay-per-view e highlights, os melhores momentos dos jogos quase em tempo real. A quantia é mais de 60% menor do que os R$ 220 milhões que a Globo pagou no ano passado.
Todos os grandes grupos de mídias foram procurados pela IMG, agência selecionada pela CBF para conduzir o processo, e alguns apresentaram propostas, entre eles o Grupo Globo, o SBT e o Grupo Disney (ESPN e Star+). Pela licitação havia possibilidade de fechar contratos de dois ou de quatro anos.
Os números preocupam os clubes porque o dinheiro dos direitos de transmissão da Série B acaba sendo a principal receita da maioria na temporada —alguns, imaginando que pelo menos o valor de 2022 seria repetido, já comprometeram verbas no orçamento de 2023. A CBF vai abrir um novo "round" de ofertas. Até o ano passado, os clubes lideravam as negociações com os grupos de mídia, mas a CBF decidiu tomar a frente para realizar a concorrência que, por enquanto, não está funcionando.
A Série B terá início em 15 de abril, daqui dois meses e meio e, por enquanto, está "no escuro", jargão utilizado no meio para se referir a uma competição que não terá transmissão por qualquer plataforma. É improvável que essa situação permaneça assim, mas se os valores se mantiverem muito abaixo do que era pago em 2022 poderá haver necessidade de a CBF dar alguma compensação financeira aos clubes.
O mercado avalia que a edição 2023 da divisão de acesso do Brasileiro tem valor inferior ao ano passado porque clubes de grande apelo comercial, como Cruzeiro, Grêmio, Vasco e Bahia, subiram para a Série A e não houve reposição com o rebaixamento de Ceará, Atlético-GO, Juventude e Avaí.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.