Sampaoli faz opção pelo conforto. Ele sabe que "sobra" entre os brasileiros
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Racing, Palmeiras, Atlético Mineiro, Alavés, Espanyol, futebol chinês... Oportunidades surgiram para Jorge Sampaoli, quando ainda estava no Santos e no período recente de descanso, curtindo seu pequeno filho e as praias de Búzios, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. Mas inicialmente o treinador preferiu aguardar.
Com o Galo fora das competições de mata-mata além das fronteiras do Estado de Minas Gerais, eliminado da Sul-americana e da Copa do Brasil, curiosamente o clube se transformou em opção ainda mais confortável para o argentino. Além de um dos mais altos salários do futebol brasileiro, terá metas mais factíveis e um Estadual com o rival em crise.
Sampaoli ficou pelo caminho no ano passado nesses dois certames, eliminado pelos próprios atleticanos na competição nacional. Sem elas, terá apenas a reta final do Mineiro e quase dois meses para ajustar a equipe até a estreia no Campeonato Brasileiro, com a missão de colocá-lo entre os mais bem colocados. Se o fizer será elogiadíssimo, provavelmente.
O cenário é confortável, com as cobranças mais pesadas certamente recaindo sobre elencos mais caros, como Flamengo, Palmeiras, Grêmio, São Paulo, Internacional e até o Corinthians. O argentino sabe que, com alguns reforços, poderá posicionar o Galo entre os primeiros, como fez com o Santos em 2019.
Por isso, as conversas com os dirigentes do clube de Belo Horizonte passaram pelas contratações. Nas negociações anteriores, que não avançaram, esse foi um dos principais pontos que levaram o treinador a desistir. A questão é: como o Atlético vai viabilizar financeiramente eventuais reforços?
Embora o momento atleticano não seja muito diferente do vivido pelo Santos, de onde Jorge Sampaoli saiu na virada do ano, ele seguirá morando no Brasil, como pretende hoje. Não tão distante de Búzios (590 quilômetros de BH, ou a 170 quilômetros do aeroporto no Rio de Janeiro) e desta vez sem risco de fracassar nas competições de mata-mata que perdeu em 2019
Sabendo que, em meio ao futebol jogado majoritariamente no país, suas chances de sobrar em relação à maioria são grandes, o argentino opta pelo conforto. Ótimo para o Atlético, que passa a ter chances muito maiores de fazer uma temporada bem superior ao que, em tese, faria com mais um técnico do estilo "mais do mesmo".
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