Adidas paga os R$ 8,8 milhões que estavam em atraso com o Flamengo
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A Adidas pagou os cerca de R$ 8,8 milhões da parcela que estava atrasada com o Flamengo. O blog confirmou o recebimento da quantia por parte do clube, que travou negociação com a multinacional alemã, em dia com o São Paulo, e que internamente autorizou acertar qualquer pendência com Cruzeiro e Internacional, os outros clubes com os quais mantém contrato no Brasil.
Fluxo de caixa foi a justificativa da companhia para adiar pagamentos com a crise do novo coronavírus. A Adidas não costuma ir em banco pegar empréstimo, pois o dinheiro das vendas costuma circular frequente e fortemente, mas com o fechamento de lojas em boa parte do mundo, se viu em situação complicada. Atrasou tudo, menos os salários dos seus funcionários.
Com a quarentena, a ordem interna foi segurar os pagamentos. Em seguida recorreu a um benefício. Na Alemanha, empresas que empregam acima de um determinado número de pessoas e tem determinado fluxo financeiro têm a opção de recorrer ao banco estatal, como fez. Em contrapartida, fica impossibilitada de demitir pessoas no país, entre outras obrigações.
Com a crise, a Adidas não deve ampliar o número de clubes com os quais mantém contrato. Isso também deverá acontecer com suas concorrentes. As vendas em lojas físicas representam, em geral, de 75% a 80% do faturamento, entre as da própria multinacional e as multimarcas. Esse percentual é até maior com outras grifes, não tão fortes no comércio via internet.
O chamado e-commerce teve vendas excelentes nesse período de pandemia, saltando dos 20% a 25% para 30% a 40%, mas isso não compensa as perdas geradas pelo fechamento das lojas físicas. Em contrapartida, há expectativa no setor por uma demanda reprimida, especialmente de novos fardamentos oficias, recém-lançados, e ainda não tão comprados porque as pessoas estão mais em casa e os pontos de venda fechados.
"Na China, o primeiro mês da abertura o movimento em lojas bateu 80% do que era, e isso foi considerado muito bom", disse ao blog um executivo de uma empresa do setor. O exemplo chinês é a única referência disponível até agora. No caso específico da Adidas, a marca não deverá expandir seus negócios quando a crise passar, centrando esforços nos quatro clubes brasileiros e jogadores que tem sob contrato.
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