São Paulo vira para cima do Goiás em jogo com bandeirinha "olhos de lince"
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Goiás fechado, São Paulo atacando. Num raro ataque do time goiano, Fernandão abriu o placar para os visitantes. Eram jogados 21 minutos do primeiro tempo no Morumbi. Aos 26, Brenner cabeceou após cruzamento de Juanfran e o goleiro Tadeu salvou sobre a linha. Salvou? Para o auxiliar Ricardo Bezerra Chianca a pelota ultrapassou completamente a linha. No VAR, Heber Roberto Lopes ficou com a decisão de campo: 1 a 1.
Difícil saber como o bandeirinha da Federação Pernambucana teve certeza de que a bola entrou totalmente da posição onde estava, vendo o lance na diagonal, longe da linha de fundo, de onde, obviamente, teria uma perspectiva mais adequada para observar se ela, de fato, entrara. Mais um capítulo na interminável e confusa história do VAR no Brasil. Tivesse a CBF instalado a tecnologia da linha do gol, utilizada há anos na Inglaterra, não haveria dúvida.
Na transmissão da televisão, o ex-árbitro e atual comentarista de arbitragem Paulo César de Oliveira disse que, na interpretação dele, a bola não entrou. Até o apito final o VAR não disponibilizou para o público que acompanhava a partida pela TV alguma imagem mais conclusiva, ou algo ilustrado com uma eventual utilização do software para mudar o ângulo de visão e aperfeiçoar o que se vê. Em suma, com tantos recursos, prevaleceram os "olhos de lince" do bandeira.
O São Paulo criava, teve oportunidade com Brenner no segundo tempo, mas aos 17 minutos Fernandão voltou a assustar com desvio de cabeça rente à trave esquerda de Tiago Volpi. O domínio tricolor prosseguia, mas o lanterninha do campeonato assustava. Aos 21, o centroavante do time goiano cabeceou mais uma vez e o goleiro são-paulino fez difícil intervenção no seu canto direito.
Ígor Gomes chutou de fora da área para virar o jogo a 11 minutos do final, na 15ª finalização tricolor, a oitava no alvo. Logo depois, Rafael He-Man Moura, que havia substituído Fernandão, lesionado, mandou para as redes, mas estava em claro impedimento.
Em seguida, o técnico Fernando Diniz colocou o zagueiro Arboleda e o volante Rodrigo Nestor, sacando o meia Gabriel Sara e o atacante Brenner. Depois de atuar por 22 minutos com apenas um zagueiro, desde a troca de Diego Costa por Pablo, ele recompôs seu setor defensivo.
O São Paulo ainda agrediu mais, atacou, finalizou, enquanto o Goiás tentava usar o jogo aéreo. Sem sucesso. Vitória polêmica do São Paulo, que encerra o sábado com 17 jogos, enquanto o Corinthians, por exemplo, começava diante do Atlético, em Goiânia, seu 20º compromisso.
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