Com estratégia, Palmeiras atropela River: praticamente a um jogo do título
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Só um desastre tira o Palmeiras da final da Libertadores. A categórica vitória por 3 a 0 sobre o River Plate, na Argentina, deixou o time paulista em situação absolutamente confortável para assegurar a vaga na final no cotejo de volta, na próxima semana, em São Paulo. Jogando da maneira adequada, como comentávamos no Posse de Bola na segunda-feira, esperando o adversário e saindo com rapidez, os palmeirenses intercalavam tal postura com a pressão no campo ofensivo. Estratégia que deu muito certo e pavimentou o caminho da decisão.
Apesar de mais pressionada pelo time de Marcelo Gallardo, a equipe de Abel Ferreira não estava contra as cordas na metade de primeiro tempo. O gol de Rony aos 27 minutos, quinto dele na Libertadores, veio na primeira finalização certa do Palmeiras, em falha de Franco Armani. O goleiro do River Plate rebateu precipitadamente com a perna quando seu companheiro Rojas estava com ele na jogada, e não deteve o chute cruzado, 1 a 0.
A vantagem no placar premiava a coragem do time brasileiro, que mesmo ficando menos com a bola, algo esperado, tinha opções de ataque e agredia o vice-campeão argentino e da Libertadores. Os generosos espaços oferecidos pela defesa Millonaria eram bem explorados pela equipe paulista, que chegou a ampliar, mas o belo gol de Gustavo Scarpa foi anulado por impedimento de Luiz Adriano na origem da jogada.
Ainda no primeiro tempo, Nacho Fernández acertou o travessão em cobrança de falta cometida por Patrick de Paula em Carrascal, justamente em jogada de velocidade iniciada pelo River Plate quando o Palmeiras se lançou ao ataque. Quando foram para o intervalo, os times tinham enorme disparidade em posse de bola, 72% do conjunto argentino contra 28 da equipe brasileira, mas com equilíbrio em arremates, 5 a 3, 1 a 1 no alvo. No apito final, o time da casa seguia com 72% pelos números do SofaScore, mas atropelado no placar.
A dois minutos do segundo tempo, Luiz Adriano girou com enorme facilidade em cima de Rojas e correu praticamente metade do campo para ampliar, 2 a 0. Marcando a saída de bola, os palmeirenses continuavam a ameaçar, mas sofria sustos com o jogo aéreo em bolas paradas no ataque argentino. Cedo, com menos de 10 minutos da etapa final, o Palmeiras abusava dos chutões, quando poderia reter mais a bola, esfriar o jogo.
Quando aos 15 minutos do segundo tempo o time brasileiro finalmente trocou passes, Gabriel Menino a reteve, Carrascal se descontrolou e levou cartão vermelho justo. Uma tolice do colombiano e um momento digno dos mais experientes jogadores do palmeirense que de "menino" teve apenas o nome. Com um a mais, o cenário ficou ainda mais favorável à equipe de Abel Ferreira, não levar mais gols passou a ser interessante para o River.
Mas nem demorou a sair o terceiro do Palmeiras. Na falta que gerou a expulsão, Viña cabeceou para ampliar: 3 a 0. As jogadas pelo alto que chegaram a preocupar o time paulista foi arma utilizada pelo conjunto alviverde para colocar um pé na final da Libertadores. Vantagem imensa diante de um River atordoado, diante de um placar elástico e com apenas 10 homens em campo, ainda faltando mais de metade do segundo tempo.
O resultado inesperado, porém justo, deixa o Palmeiras como único invicto do certame, perto de sua quinta final na história da Libertadores e, se não ocorrer algo ainda mais surpreendente no Allianz Parque, a um jogo de seu segundo título. Já o River, depois de perder a decisão para o Flamengo no final em 2019 e permitir que o Boca o ultrapassasse e levasse o título argentino de 2020, volta a viver momentos terríveis, fraquejando em momentos fundamentais.
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