"Graças a Deus está acabando", diz mãe de Robson, perto de deixar a Rússia
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"Graças a Deus isso está acabando", suspirou Dona Vanda, mãe de Robson, ao saber pelo advogado brasileiro Olimpio Soares que, em abril, deverá abraçar filho, preso há 666 dias em Kashira, próximo a Moscou. Ele foi detido ao entrar na Rússia com medicamentos lá proibidos e que seriam destinados ao sogro do jogador Fernando, então do Spartak e hoje no futebol chinês.
"Acabei de sair da prisão, estive com Robson. Ele está de bom humor, fizemos um monte de papeladas hoje, preparando documentos para mandá-lo de volta ao Brasil. A promotoria não entrou com uma ação de apelação", contou, cedo, a Olimpio, Pavel Gerasimov, advogado russo do ex-funcionário do atleta, atualmente no Beijing Guoan.
O fato de o Ministério Público russo não recorrer após a sentença de três anos sinaliza a posição do governo da Rússia de liberação-lo, algo que deverá ocorrer entre três e cinco meses. A expectativa é de saída no prazo mais curto, embora isso dependa de trâmites que envolvem o Itamaraty. "Vou ao aeroporto esperá-lo, dar um abraço no meu filho", disse a mãe de Robson.
Ele portava duas caixas de Mytedom 10mg (cloridrato de metadona) destinadas ao sogro do atleta, William Pereira de Faria, a quem médicos no Brasil receitavam a medicação para combater dores na coluna. Em 2019, Robson foi para lá trabalhar como motorista da família do volante. Simone, sua companheira, seguiu como cozinheira. Os dois seguiram para viver e trabalhar na casa de Fernando e jamais haviam sequer viajado de avião até então.
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