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Palmeiras foi ao Catar mostrar que é campeão da Libertadores sem repertório
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Quando faltavam sete minutos para o final da peleja em Doha, com o Tigres vencendo, merecidamente, por 1 a 0, Caio Ribeiro disse na transmissão da TV Globo que o Palmeiras precisava trabalhar a bola nos pés, não depender tanto da chamada ligação direta. Sim, a observação do ex-atacante era absolutamente pertinente. A questão era, como fazer isso?
E a dificuldade era evidente, clara, nítida para qualquer ser humano que tenha acompanhado o Palmeiras de Abel Ferreira desde a chegada do português a Terra Brasilis. O campeão da Libertadores é um time de ligação direta, cruzamentos, bola na área até em arremesso lateral. Jogo rústico, sem muitos recursos, alternativas, nada de especial.
Sim, isso foi o bastante para conquistar o título sul-americano, com sinais evidentes das deficiências coletivas do time que o jovem treinador português não corrigiu, pelo menos até agora. Mas não é o bastante diante de equipes mais elaboradas, não que o time mexicano seja isso tudo. A derrota, com classificação, para o River Plate na Libertadores não deixou dúvidas.
O Palmeiras seguirá tendo o Mundial de Clubes apenas no imaginário de seus torcedores mais fanáticos. Mas isso nem é o mais relevante. A Libertadores, ganha pelo clube paulista, é o que realmente importa ante a politicagem e o pouco caso europeu diante do torneio que a Fifa promove. É momento de comemoração, não de lamentos.
Mas também é hora de entender o óbvio, que apesar do título histórico, o time palmeirense joga menos do que pode, seu treinador ainda não explorou, nem de longe, o potencial do elenco. Isso deve ser discutido, debatido. E alguns lunáticos tentaram comparar os trabalhos de Abel Ferreira e Jorge Jesus no Brasil depois das primeiras vitórias do técnico do Palmeiras. Em comum entre eles apenas a nacionalidade.
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