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Mauro Cezar Pereira

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Palmeiras campeão com justiça e o Grêmio paga caro pela teimosia de Renato

Wesley comemora gol contra o Grêmio - Ettore Chiereguini/AGIF
Wesley comemora gol contra o Grêmio Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

07/03/2021 19h49

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A conquista da Copa do Brasil pelo Palmeiras foi absolutamente clara. Nos dois jogos diante do Grêmio, vitórias por 1 a 0 e 2 a 0, o campeão da Libertadores foi mais organizado, objetivo, perigoso. Venceu ambos e ergueu o troféu do certame criado em 1989 pela quarta vez em sua história.

Com posse de bola e trocas de passes que levavam seus jogadores à área do Palmeiras, o Grêmio fez um primeiro tempo interessante em sua proposta de jogo, mas pobre em matéria de definição das jogadas. Demorava a finalizar ou sequer o fazia quando havia a oportunidade.

Os palmeirenses, como esperado, eram velocidade e contra-ataque, com Rony e Wesley, personagem fundamental na vitória e no título, deixando a dupla de zagueiros tricolores pendurada com cartões amarelos ainda no primeiro tempo. E abrindo o placar na etapa final.

No meio-campo, Felipe Melo fez ótimo jogo, com passes precisos, lançamentos longos, desarmes e bom posicionamento. Aparentemente mais calmo, equilibrado em campo, o veterano volante cumpriu sua missão com sobras, um personagem relevante no cotejo.

Mas o passe, o talento, o que consegue fazer a diferença nesse Palmeiras atende pelo nome de Raphael Veiga. Dos muitos jovens que o clube contratou nos últimos anos pensando no futuro, foi o que mais retorno técnico deu. Foi dele a assistência que tirou o zero do placar.

Ferreirinha substituiu Pepê, com ele também foi para o jogo Guilherme Azevedo, saindo Alisson. Jean Pyerre, que mais tarde entraria no lugar de Thaciano, seguia no banco, assim como Vanderlei, que de fora viu Paulo Victor sofrer o segundo gol em bola defensável na final da Copa do Brasil. E levaria mais um, de Gabriel Menino.

A escolha do goleiro que já exibira fragilidade na semifinal da Libertadores na temporada anterior foi o que de mais injustificável o técnico tricolor fez nessas finais. E neste domingo, o camisa 1 deu sinais de que erraria a qualquer momento, soltando a bola, demonstrando insegurança.

O jogo de velocidade bem ajustado deu a Abel Ferreira o segundo título em sua ainda curta passagem pelo futebol brasileiro. E as escolhas teimosas de Renato Gaúcho Portaluppi, que teve o contrato renovado há poucos dias, o levaram a mais uma derrota. Questioná-las é o mínimo a ser feito.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL