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Mauro Cezar: Fla tem pouca história na Libertadores, que Renato priorizou
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Nesta quarta-feira (29), o Flamengo fará uma das mais importantes partidas de sua história. O empate ou derrota por um gol garantem presença na final da Libertadores. E decidir o mais relevante certame do continente não é algo comum na história do clube de maior torcida no Brasil.
Sim, é fato que a classificação está muito próxima depois dos 2 a 0 sobre o Barcelona, no Maracanã. E se os rubro-negros fizerem um gol em Guayaquil, o time equatoriano terá que marcar quatro! Mas como chegar ao estádio Isidro Romero Carbo e sair de lá classificado?
Será preciso atuar bem. Os melhores jogadores deverão estar em condições para que o Flamengo não acrescente um novo item à sua lista de vexames e frustrações em competições sul-americanas.
A equipe equatoriana não perdeu em casa nessa Libertadores. Venceu, por exemplo, Boca Juniors, Santos, Vélez Sarsfield e eliminou o Fluminense. Não é pouco. E se abrir o placar, o jogo deverá ficar complicado. Os mais serão muito necessários para descomplicar.
O passado mostra que o Flamengo tem dois títulos do continente, mas passa longe de ser dos mais assíduos finalistas (veja lista abaixo). O Boca decidiu a Libertadores 11 vezes, o Peñarol 10! Entre os brasileiros, o São Paulo soma seis finais. Os rubro-negros, só duas.
O Flamengo precisa, sim, tomar todo cuidado possível. Para fazer história na Libertadores, marcar época e se aproximar dos maiorais dessa Copa tão desejada, algo que ficou faltando até nos anos de ouro da década de 1980.
Por isso, ao priorizar o jogo contra o Barcelona, não utilizando força máxima contra o América Mineiro, Renato Gaúcho Portaluppi acertou. Mas isso não significa que tenha passado o fim de semana sem errar.
O técnico levou a Belo Horizonte um time capaz de derrotar o conjunto americano. Mas para isso precisaria jogar mais. E o Flamengo vem jogando cada vez menos. Contra o Grêmio, uma semana antes, o treinador não poupou atletas e perdeu em atuação patética. É nítida a menor mobilização com Renato na Série A.
E há graves sinais. A saída de bola não existe mais. A pressão no campo adversário afrouxou, tornou-se menos intensa. A equipe parece sempre ansiosa por espaços para acelerar o jogo. Mas quais adversários o oferecem?
Então, quando o América subia a marcação na reposição de bola rubro-negra, Willian Arão lembrava um kicker de NFL. E tome chutão. Retrocesso, empobrecimento técnico e tático, seja com titulares ou reservas no gramado.
Algo que se acentua desde a chegada de Renato ao clube. Maquiado por jogos nos quais sua (praticamente única) estratégia funcionou e o talento dos jogadores levou a triunfos, com goleadas.
Quando o time não vence, esses novos problemas ficam mais claros, visíveis. E na noite de quarta-feira em Guayaquil, o Flamengo não poderá falhar. Por que ainda há muito a fazer para que ocupe posição de destaque na lista abaixo.
Presenças em finais de Libertadores
Títulos entre parênteses
Boca Juniors 11 (6)
Peñarol 10 (5)
Independiente 7 (7)
Olimpia 7 (3)
River Plate 6 (4)
São Paulo 6 (3)
Nacional 6 (3)
Estudiantes 5 (4)
Grêmio 5 (3)
Santos 5 (3)
Palmeiras 5 (2)
Cruzeiro 4 (2)
América de Cali 4 (0)
Internacional 3 (2)
Atlético Nacional 3 (2)
Flamengo 2 (2)
Colo-Colo 2 (1)
Cobreloa 2 (0)
Newell's Old Boys 2 (0)
Barcelona de Guayaquil 2 (0)
Deportivo Cáli 2 (0)
Racing 1 (1)
Argentinos Juniors 1 (1)
Vélez Sarsfield 1 (1)
Vasco da Gama 1 (1)
Once Caldas 1 (1)
LDU 1 (1)
Corinthians 1 (1)
Atlético Mineiro 1 (1)
San Lorenzo 1 (1)
Universitario 1 (0)
Unión Española 1 (0)
Universidad Católica 1 (0)
Sporting Cristal 1 (0)
Cruz Azul 1 (0)
São Caetano 1 (0)
Athletico 1 (0)
Fluminense 1 (0)
Chivas Guadalajara 1 (0)
Nacional de Assunção 1 (0)
Tigres 1 (0)
Lanús 1 (0)
Independiente del Valle 1 (0)
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