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Mauro Cezar: Jesus fracassou na volta ao Benfica, mas ainda é ótima opção
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Três campeonatos portugueses, uma Taça de Portugal quatro Taças da Liga, uma Supertaça do país. Este foi o cartel de Jorge Fernando Pinheiro de Jesus em sua primeira, e gloriosa, passagem pelo Sport Lisboa e Benfica, tradicionalmente o maior clube português, dono da maior torcida e com história de sucesso.
Sim, Jorge Jesus é um grande treinador. Isso não muda com sua demissão do Benfica, mas quase 17 meses depois de sua volta ao clube encarnado, a conclusão é muito clara: o "Mister" fracassou em sua tentativa de repetir o sucesso dos três títulos portugueses conquistados em sua primeira passagem pela agremiação de Lisboa.
Ficou em terceiro lugar no campeonato português 2020/2021, nove pontos atrás do campeão, o tradicional rival da capital, o Sporting, que há 19 anos não ergui tal troféu. O vice, Porto, fechou o certame com quatro pontos de frente em relação aos benfiquistas. Foi a pior colocação em 12 anos. Em 2008/09 também ficou em terceiro, os portistas foram campeões e os sportinguistas ficaram em segundo lugar.
E desta vez a peleja de despedida de Jesus foi traumática, saindo da Taça de Portugal, que equivale à Copa do Brasil, perdendo por 3 a 0 no Estádio do Dragão em noite pré-Natal na qual não perder para o Porto por escore mais amplo foi quase um presente de Papai Noel. Era para ser maior o placar daquele duelo.
Nenhuma taça for erguida por JJ na recente passagem pelo Estádio da Luz. Isso depois de investimentos pesados feitos pelo clube a partir de sua recontratação em 2020, quando o então presidente Luís Filipe Vieira foi buscá-lo no Flamengo. Foram algo em torno de 100 milhões de euros em reforços para dominar o futebol português. Sem sucesso.
O grande "título" de Jorge Jesus na segunda passagem pelo Benfica foi a classificação para as oitavas de final da Liga dos Campeões, avançando em grupo que tinha o Bayern Munique e o Barcelona. Segundo colocado, o time português mandou os catalães para a Liga Europa, um feito relevante, apesar da péssima fase do Barça.
Mas ele não terá a oportunidade de desafiar o Ajax no confronto programado para fevereiro. Competitivo ao extremo, o técnico certamente sente-se frustrado por isso. Mas não se enganem, mesmo depois de um período decepcionante na volta a Portugal, Jesus segue sendo um grande treinador. Maior ainda se trabalhar no Brasil, onde o nível dos adversários amplifica seu potencial.
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