Mauro Cezar: Flamengo deu o alerta, Textor precisa reforçar logo o Botafogo

A derrota por 3 a 1 para o Flamengo saiu barata para o Botafogo, mesmo com o pênalti absurdamente não marcado a favor dos alvinegros no primeiro tempo, quando perdiam por 1 a 0. Foi uma raríssima situação na qual o time da estrela solitária esteve no ataque nos 45 minutos iniciais, quando ficou acuado, contra as cordas, como se diz no linguajar do pugilismo.

A imensa diferença técnica entre os dois velhos rivais ficou muito exposta já nos minutos iniciais. Difícil imaginar um resultado que não fosse a vitória rubro-negra, mesmo se a penalidade máxima fosse assinalada e convertida. Era a equipe do ano passado, campeã da Série B, sem técnico e enfraquecida pela saída de jogadores importantes na temporada 2021.

John Textor, o americano que adquiriu o futebol do Botafogo, ria no intervalo em seu camarote, quando o adversário já vencia por 2 a 0. Mas o tempo é curto, dentro de 44 dias o time estará em campo encarando o Corinthians, em sua volta à primeira divisão, oponente também forte e que divulgou horas antes o nome de seu novo treinador, o português Vítor Pereira.

Os botafoguenses precisam de um técnico, que não têm desde a demissão de Enderson Moreira. Sua saída até fez sentido dentro das expectativas, dos objetivos que o novo dono projeta para o Botafogo. Mas o tempo corre e seu substituto ainda não foi anunciado, Lúcio Flávio, o interino, segue trabalhando sabendo que sairá a qualquer momento de tal posição.

Enquanto isso, o tempo passa e as partidas do campeonato que deverá ser a grande prioridade alvinegra em 2022 se aproximam. Faltam reforços, falta o comandante, falta muita coisa. O calendário não ajuda. Textor pode sorrir à vontade, mas precisa correr contra o tempo, para aproveitar esse mês e meio e remontar o time, antes que comece o Brasileirão sofrendo.

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