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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Mauro Cezar: Antes de um novo centroavante, Palmeiras precisa acertar o pé

Raphael Veiga comemora seu gol de pênalti na vitória sobre o Santos no Allianz Parque - Ettore Chiereguini/AGIF
Raphael Veiga comemora seu gol de pênalti na vitória sobre o Santos no Allianz Parque Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

14/03/2022 04h00

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Nos 4 a 1 sobre o Manchester United, Phil Foden ocupou a posição de atacante mais centralizado. Antes, contra o Peterborough United, pela FA Cup, lá esteve Gabriel Jesus. A partida anterior foi contra o Everton, Bernardo Silva, Raheem Sterling e Phil Foden formaram o trio ofensivo. Os mapas de calor mostram que nenhum deles foi, na prática, o centroavante, o homem de área no Manchester City.

Assim tem sido o time de Pep Guardiola, que joga sem centroavante. Se o catalão inventou Messi como "Falso 9" no Barcelona, no campeão inglês ele reveza jogadores em posições diferentes no ataque e antes de a bola rolar é impossível afirmar qual deles se comportará como se fosse um "verdadeiro 9". Até o craque meio-campista Kevin De Bruyne já atuou por ali, com sucesso.

Obviamente ter um centroavante qualificado é bom, ótimo. Mas não é apenas pela ausência desse goleador que o Palmeiras deixa de marcar mais gols. No 1 a 0 sobre o São Paulo foi uma só finalização certa, a do tento de Rony, que definiu o clássico, entrando como centroavante. Em novo 1 a 0, sobre o Santos neste domingo, o time arrematou 21 vezes, oito certas, pelos números do SofaScore.

Em suma, o time de Abel Ferreira venceu dois clássicos pela contagem mínima criando e finalizando pouco e muito. Sim, cinco grandes chances foram desperdiçadas diante dos santistas, mas não é apenas pela ausência desse comentado número nove que o time deixa de fazer muitos gols. O próprio Pedro, tão comentado nos últimos tempos, tem perdido oportunidades há algum tempo.

Não existe centroavante infalível e por mais capaz que seja o homem-gol de uma equipe, a tarefa de colocar a bola nas redes não pode ficar apenas em seus pés. Jogando na posição, Hulk foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2021, quando conquistou o título pelo Atlético Mineiro. Fez 19 gols em 35 partidas, seis de pênalti, ou seja, sem gols de penalidade máxima o goleador da Série A seria Michael, com 14.

Hulk não era centroavante até chegar ao Galo e o pequeno atacante que o Flamengo negociou no começo de 2022 muito menos. Um camisa 9 típico e de bom nível obviamente aumentaria as perspectivas de gols do Palmeiras. Mas não é só isso, um bom time ofensivo precisa criar chances claras e aproveitá-las em quantidade, independentemente de quem finalize. Mas quem nem sempre é ofensivo quando atua assim estranha.

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