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Palmeiras eliminado: Abel Ferreira "descobre" que a sorte não veste camisa
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É absolutamente natural que um técnico esteja irritado, incomodado, como Abel Ferreira demonstrava após a eliminação da Copa do Brasil para o São Paulo. O técnico do Palmeiras chegou a atribuir o sucesso do rival à sorte.
Sim, a resposta veio no contexto de insistentes perguntas em tal direção. Para sustentar tal linha de raciocínio, o português citou o domínio de sua equipe sobre o oponente ao longo do clássico, mais chances criadas, etc.
Tudo verdade. Mas como ele mesmo deixou claro e é fato, o futebol tem dessas coisas. Por isso foi à final da Libertadores em 2020 mesmo sendo amplamente dominado, em casa, por um River Plate que tinha 10 homens.
Em seguida, foi campeão na única finalização certa em 90 minutos contra o Santos, levantando sua primeira taça continental graças ao tento de um herói aleatório e improvável que lançou no segundo tempo, Breno Lopes. Isso depois de uma bizarra confusão na qual Cuca, técnico do Santos, se envolveu.
O fenômeno se repetiu em 2021, com Deyverson saindo do banco para aproveitar o erro de Andreas Pereira e dar novo título ao Palmeiras.
E para chegar àquela decisão, Abel abriu mão do direito de atacar contra o Atlético Mineiro, 0 a 0 em São Paulo e 1 a 1 em Belo Horizonte. Graças à falha grave de Nathan Silva no gol de Dudu em jogada de Gabriel Verón.
"Força mental", "liderança do treinador", "características de um estrategista", eram algumas das explicações para o sucesso de Abel Ferreira e seu time. A palavra sorte era lembrada apenas por rivais, até com algum exagero.
A desclassificação do Palmeiras para o São Paulo também teve influência da sorte, como as duas Libertadores ganhas pelo português. A sorte não veste camisa. Abel descobriu isso na noite de quarta-feira no Allianz Parque.
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