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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Nem péssima arbitragem esconde o futebol acovardado do Athletico de Scolari

Luiz Felipe Scolari com seu auxiliar durante o empate em 0 a 0 entre Athletico e Flamengo pela Copa do Brasil - José Tramontin/athletico.com.br
Luiz Felipe Scolari com seu auxiliar durante o empate em 0 a 0 entre Athletico e Flamengo pela Copa do Brasil Imagem: José Tramontin/athletico.com.br

28/07/2022 04h00

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Gabigol poderia ser expulso ainda no primeiro tempo. Arrascaeta, no final, também. Pênalti poderia ter sido dado contra o Athletico. O Flamengo continua perdendo gols vergonhosamente.

Tudo isso pode ser dito sobre o empate sem gols na noite de quarta-feira, no Maracanã, pela Copa do Brasil. Mas nada esconde, nada ofusca o futebol acovardado do time paranaense.

Estamos em 2022 e ainda convivemos com o antijogo, a negação à bola, ao ataque. Trabalho autoral de Luiz Felipe Scolari. E nada de especial foi visto no Rio de Janeiro.

Tivesse se defendido bem, o Athletico não concederia tantas oportunidades ao Flamengo. Foram várias, sendo amplamente dominado na maior parte do confronto.

E a derrota não se configurou por meros detalhes. Também pela incompetência crônica nas finalizações que vem caracterizando o time carioca há anos. E com diferentes treinadores.

O Furacão se estruturou, investiu para a temporada e tem bons jogadores. Poderia jogar mais, mesmo sendo precavido, se defendendo, mas com o mínimo de coragem, de jogo ofensivo.

Zero arremate na direção da meta adversária. Zero. Pouco tempo com a bola e contra-ataque inexistente em quase toda a peleja, exceto por alguns lances no fim, com o adversário mais desorganizado.

Os de sempre defenderão e elogiarão o que foi apresentado, claro. O Athletico pode até se classificar, obviamente, mas o estilo acovardado não merece elogios de quem não faz parte do grupo dos amigos.

Mas pior e ainda mais nociva ao esporte mesmo só a péssima arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira. Ela castigou o futebol, como fez o time do veterano treinador com sua velha rejeição ao próprio jogo.

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