Topo

Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Flamengo e Corinthians vencem, Jorginho e Felipão perdem. Futebol agradece

Pedro, do Flamengo, marca em jogo contra o Athletico pela Copa do Brasil: Felipão eliminado do mata-mata - Marcelo Cortes/Flamengo
Pedro, do Flamengo, marca em jogo contra o Athletico pela Copa do Brasil: Felipão eliminado do mata-mata Imagem: Marcelo Cortes/Flamengo

18/08/2022 02h21Atualizada em 18/08/2022 02h27

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Luiz Felipe Scolari conta com uma enorme boa vontade da mídia, de parte dela. Em alguns casos por gratidão, pelos títulos que ganhou pelos clubes de A ou B. Por isso é exaltado, mesmo quando seu time escapa de uma derrota como no jogo de ida contra o Flamengo, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Se defendeu mal, proporcionou inúmeras chances ao adversário, que as desperdiçou absurdamente. Os defeitos da retaguarda do Athletico treinado por Felipão foram evidentes, mas não faltou quem fizesse vistas grossas para os problemas da equipe, afinal, não perdeu.

Mas empate sem gols não é o mesmo que vitória e para derrotar o Flamengo era preciso jogar mais bola, o que o time do experiente treinador colocou em segundo plano. O antijogo em Curitiba foi incompatível com a qualidade do elenco. Sem falar nas entradas violentas.

Scolari deu adeus à Copa do Brasil, que fica livre de suas obsoletas artimanhas. Segue o time que jogou mais, que sempre quis jogar bola, e com um gol espetacular, uma obra de arte. O golaço de Pedro após cruzamento de Rodinei foi a punhalada do futebol nos inimigos do esporte rei.

Yuri Alberto, do Corinthians, comemora terceiro gol contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Yuri Alberto, do Corinthians, comemora terceiro gol contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Também deu adeus ao mata-mata nacional o Atlético-GO de Jorginho, técnico que tem no currículo mais polêmicas causadas por declarações não muito felizes do que por seus feitos à beira do campo. O Corinthians, que vinha mal, marcando raros gols, precisava de três, fez quatro.

Nos últimos dias o ex-lateral e ex-auxiliar de Dunga na seleção brasileira foi parar nas manchetes pelas críticas a Abel Ferreira. Ele não gostou do que o português disse a respeito de Cuca, treinador do Atlético-MG. Corporativismo e defesa da reserva de mercado.

Treinadores brasileiros andam incomodados com estrangeiros que vêm ao Brasil e acabam disputando os empregos nos clubes com eles. Já foi assim com os xarás Jorge Jesus e Jorge Sampaoli. Como em seu nome de guerra, Jorginho levou a Itaquera um time que jogou futebolzinho, no diminutivo.

A classificação do Corinthians revigora outro luso, Vitor Pereira, que vinha de derrota para os palmeirenses no Brasileirão e eliminação para os flamenguistas na Libertadores. Fica a sensação de que seu adversário passou os últimos dias mais preocupado em defender a classe. Acabou eliminado.

Felipão e Jorginho estão fora da Copa do Brasil. O futebol agradece.

Siga Mauro Cezar no Twitter

Siga Mauro Cezar no Instagram

Siga Mauro Cezar no Facebook

Inscreva-se no Canal Mauro Cezar no YouTube