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Everton Ribeiro merecia erguer o troféu da Libertadores sem caronas ao lado
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Na campanha do título do Flamengo na Copa Libertadores, Diego Ribas participou de seis dos 13 jogos disputados pelo campeão, saindo do banco e com média de 20 minutos por partida. No total, nada mais do que o equivalente a uma peleja e meia. Já Diego Alves sequer entrou no gramado.
Mas os dois xarás voltaram a erguer a taça de campeão com aquele que, em campo, usou a braçadeira de capitão e foi o melhor jogador na decisão de sábado, em Guayaquil, onde os flamenguistas bateram o Athletico por 1 a 0. Gol de Gabigol, graças à jogadaça de Everton Ribeiro.
Desde que o Flamengo iniciou esse ciclo de triunfos, Everton e os Diegos levantaram, juntos, várias taças. Uma atitude que simbolizaria a união do elenco, deixando clara as maiores lideranças do grupo, talvez. Mas que, nesta oportunidade, evidenciou uma imensa falta de semancol dos xarás.
Se em outros momentos aquilo poderia fazer algum sentido, desta vez beirou o patético, diante da condição de meros coadjuvantes dos Diegos. Alguém dirá que eles têm peso no elenco, etc e blá blá blá. Conversa pronta, protocolar, que só convence quem quer levar isso a sério.
Everton Ribeiro é um craque discreto, de palavras simples como seu jogo, limpo, objetivo, cerebral. A jogada que proporcionou a Gabriel Barbosa reforçar sua imagem de goleador das finais de Libertadores foi um primor. Poucos meias têm capacidade para tanto. Sim, ele brilhou, muito!
Nessa Libertadores, faria mais sentido ver levantando o troféu até o controverso Rodinei, com sua conhecida irregularidade. Ele, por sinal, foi preciso no passe de primeira para o camisa 7, antes que este fizesse a assistência para o tento único da peleja sob o forte calor equatoriano.
Seria de maior grandeza, humildade, generosidade, os Diegos abrirem mão desse acordo sem sentido a essa altura, deixando que Everton Ribeiro levantasse sozinho o troféu. Ficaria registrada a justíssima cena do craque-capitão exibindo o símbolo de mais um triunfo rubro-negro.
Era a oportunidade de registrar em definitivo sua imagem no momento de glória, imagem que seria eternizada, como a de outros tantos capitães campeões da Libertadores. Isso numa campanha que premiou, com justiça, Pedro como craque do certame e Gabriel, o herói de mais uma final.
Everton Ribeiro seria laureado com sua figura junto à taça em uma cena a ser eternizada. Só os dois, numa sintonia perfeita como a que existiu na cancha entre o jogador e a bola. No final, aquilo foi uma grande injustiça, um absurdo ver dois caronas dividindo a glória com ele.
Sorte do Flamengo que essa pífia política interna está com os dias contados.
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