Tite, sua turma e a inexplicável presença de Daniel Alves

Tite costuma se apresentar em entrevista coletiva cercado pela sua equipe. Não foi diferente na convocação dos 26 jogadores para a Copa do Mundo deste ano, no Qatar.

E os figurantes têm fala nesse teatro cebeefiano. Ajudam a preencher o tempo desse contato com a imprensa, assim as perguntas menos confortáveis são mais facilmente dribladas.

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Quando questionado sobre a polêmica presença de Daniel Alves na lista, passou a bola, aliás, a palavra. Então o preparador físico Fábio Mahseredjian elogiou seu estágio atual, treinando no Barcelona B. Alguém esperava algo diferente?

Em seguida, o auxiliar César Sampaio disse que o "Dani é um cara fantástico, comprometido, o quando isso instiga, mobiliza em torno". Alguém sentiria falta dessas palavras se não tivessem sido ditas?

Mas o ex-volante admitiu que teve dúvidas quanto às condições do veterano jogador. Sabe-se lá como as eliminou, pois Daniel completará dois meses sem jogar na véspera da estreia do Brasil no Mundial.

Aos 39 anos (fará 40 em 6 de maio), disputou apenas 12 jogos pelo Pumas no campeonato mexicano Apertura. Seu time foi 16° entre 18 participantes. Em 2021, ainda pelo São Paulo, já deixava claras suas deficiências defensivas.

Tite alega que, por utilizar pontas, não necessita de laterais que avancem pelos lados. Mas sim dos que participem da construção das jogadas na região central do campo.

A pergunta é: e quando seu time não tiver a bola e o adversário explorar, obviamente, o lado direito da defesa brasileira se o "sub-40" estiver em ação? Provavelmente ninguém na enorme bancada de entrevistas da CBF gostaria de responder.