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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Tite e sua turma não mudaram nada: 'Rec 5' é nova verborragia em plena Copa

Tite e Cléber Xavier caminhanm vestidos  com o novo terno da seleção brasileira: dialeto próprio - Reprodução/Instagram
Tite e Cléber Xavier caminhanm vestidos com o novo terno da seleção brasileira: dialeto próprio Imagem: Reprodução/Instagram

Mauro Cezar Pereira, em Doha, Qatar

21/11/2022 05h14

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Centroavante virou "jogador terminal", enquanto ponta driblador e/ou veloz foi transformado em "externo desequilibrante". O dialeto utilizado pela comissão técnica da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018 trazia embutida uma espécie de confiança excessiva, que desmoronou na eliminação diante da Bélgica.

Difícil entender qual a necessidade desses profissionais que buscam, a todo momento, criar algo em torno de uma suposta erudição, que nada mais é que um conjunto de expressões artificiais, desnecessárias, tolas, vazias. E que complicam, dificultam a comunicação o entendimento da própria mensagem.

Autêntica verborragia, algo que o dicionário Michaelis define como "uso excessivo de palavras e de muita fluência para dizer coisas de pouco ou nenhum sentido ou importância". Exatamente. E quatro anos depois, mesmo dizendo terem aprendido lições no Mundial da Rússia, Tite e seus pares seguem investindo nisso.

A última do "titês" é o "Rec 5", espécie de sigla ou formato diminuto para "recuperar (taí o "rec", percebeu?) a posse de bola até cinco segundos após tê-la perdido". O mais bobo nisso é que o tatiquês já tem uma expressão até bem difundida para esse comportamento, o repetidas vezes utilizado "perde-pressiona".

No dialeto dos atuais cebeefianos, segundo o próprio treinador, há quem chame tal comportamento de "cinco segundos de loucura". Loucura?

Não creio que chegue a tanto, mas causa espécie tamanha obsessão por verbetes verborrágicos que, definitivamente, não irão pesar no resultado, que costuma ser fruto de trabalho bem feito, não importam os apelidinhos que sejam utilizados.

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