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Na Copa do silêncio sepulcral, nem jogo mata-mata tem clima de futebol
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Holanda e Estados Unidos jogavam por uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo. Nem parecia, tal a frieza do ambiente, não apenas pela eficaz, e em alguns momentos exagerada; refrigeração do Khalifa Stadium.
Torcedores europeus praticamente ignoram o torneio. Um voo de Amsterdã para Doha leva cerca de seis horas (do Brasil passam das 14 horas se for direto), mas ainda assim poucos se dispuseram a vir até o Qatar apoiar os laranjas.
Com bola rolando, silêncio. Eventualmente interrompido pelos gritos entre ansiosos e histéricos que surgem sempre que alguém corre atrás da bola, mesmo em jogadas sem perigo. Ao fundo, tímidos gritos de "USA".
O golzinho americano até que despertou o público que estava com os Estados Unidos, mas Dumfries, autor de assistências nos dois primeiros tentos holandesas, fechou a conta: 3 a 1. E tudo voltou ao normal.
Isso se repete em várias partidas, especialmente as que envolvem seleções da Europa, exceto os da Inglaterra, que arrastou para cá um grande contigente de torcedores. Os estádios até enchem, mas em geral de plateias distantes e sem conexão com o futebol. Como a festa forçada da Fifa a cada intervalo. Triste.
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