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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

França caiu de produção nos dois jogos antes da final contra a Argentina

Jogadores da França celebram gol marcado sobre Marrocos em jogo da Copa do Mundo - Fabrizio Bensch/Reuters
Jogadores da França celebram gol marcado sobre Marrocos em jogo da Copa do Mundo Imagem: Fabrizio Bensch/Reuters

Do UOL, em Doha, Qatar

15/12/2022 07h42

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Já nas quartas de final, quando derrotou a Inglaterra por 2 a 1, a França não fez um grande jogo. Venceu graças ao talento de Griezmann, que colocou a bola na cabeça de Giroud para marcar o tento da vitória. Mas o cotejo teve domínio inglês por boa parte e Harry Kane, o melhor jogador do time, perdendo pênalti que poderia escrever 2 a 2 no placar.

Até aí normal, duelo de duas candidatas ao título, a atual campeã contra a vice europeia e semifinalista na Rússia em 2018. Não foi nada absurdo os franceses terem toda aquela dificuldade diante da equipe britânica. Mas contra um time inferior tecnicamente, caso de Marrocos, chamou a atenção o comportamento dos comandados de Didier Deschamps.

O gol de Theo Hernández aos cinco minutos de peleja foi o primeiro que um adversário conseguiu marcar sobre os marroquinos, já que o único tento sofrido pela equipe norte-africana ocorrera nos 2 a 1 sobre o Canadá, e foi contra, de Nayef Aguerd. Croácia, Bélgica, Espanha (esta por 120 minutos, mais prorrogação e até nos pênaltis) e Portugal fracassaram na tentativa de vazar a meta de Marrocos.

Quem, como eu, imaginava a equipe de Walid Regragui ainda na defesa, mesmo levando 1 a 0, se enganou. Os marroquinos atacaram de imediato, mesmo com problemas, caso de Aguerd, que não enfrentou os portugueses, voltaria à equipe e sentiu dores no aquecimento, sendo substituído por Dari. Saiss pediu para sair aos 20 minutos, mais uma baixa na zaga.

Mas quando ele precisou deixar o campo, o treinador não colocou outro defensor, mas sim Amallah, meia mais ofensivo, pela direita, no claro sinal de que Marrocos agrediria. Como fez, saindo do sistema com três zagueiros e linha de cinco quando a França tinha a posse de bola para aumentar a presença no campo ofensivo. Criou chances, esteve perto do empate, faltou sorte e qualidade nas finalizações.

Graças a Mbappé, que já fizera a jogada do primeiro gol, a França ampliou com Muani, que entrara segundos antes em campo. Venceu o mais forte, com muitos desfalques antes de a Copa começar e mais dois, Rabiot e Upamecano; para esta partida. Mas ainda assim era uma equipe que poderia fazer mais diante dos valentes marroquinos. Como será diante da Argentina?

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