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Derrota no Marrocos aquece o velho duelo interno do Flamengo
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Não é novidade para ninguém que a diretoria do Flamengo tem divisões. E rivalidades internas. Reflexo do governo de coalizão do presidente Rodolfo Landim, que se reelegeu com apoio de diferentes correntes políticas.
Já era assim no primeiro mandato. O vice-presidente de futebol, Marcos Braz, e o atual presidente do conselho de administração, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, por exemplo, nunca foram aliados. Pelo contrário.
Em público se cumprimentam educadamente, mas são antagonistas. E ao redor de ambos existem outros personagens e dirigentes que tendem para este ou aquele lado. A derrota para o Al-Hilal reaqueceu o velho embate.
Oponentes de Braz, em off, conversando com o blog, reclamaram que não existe um plano estratégico. "Vivemos um dia depois do outro. Não tinha um plano para a derrota. Isso é amadorismo demais".
E ainda: "Aposto que o departamento vai colocar a culpa somente no árbitro e não falar da péssima atuação, fruto de vários erros acumulados. Negacionismo."
Do outro lado, quem apoia o vice de futebol garante que há satisfação com Vitor Pereira. "Ele é muito bom treinador e, ao contrário da imagem que vejo alguns comentando, de muito bom trato. Tem todo suporte e a confiança de todos".
Mas a corrente contrária vê Braz com muitos poderes: "Quando o BAP saiu do comitê do futebol, perdemos muito. Ficou muito fácil para o Braz fazer tudo sem questionamento. BAP funcionava como o guardião do processo. Não temos mais nenhuma contratação baseada em 'scouting'".
Perguntado sobre a necessidade de mudanças mais drásticas no modelo de jogo do time, consequentemente escalação, um aliado de Braz respondeu: "Esse é um tema que cabe perguntar ao treinador. Mas é natural que cada um tenha sua ideia, modelo etc."
Resta saber se Vitor Pereira terá, de fato, o suporte de que irá precisar, caso resolva mexer mais profundamente na estrutura da equipe. Enquanto não começar a vencer, os embates nos bastidores seguirão aquecidos.
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