Exclusivo! Landim dá respaldo a VP e garante: Braz só sai do Fla se quiser

No dia seguinte à derrota para o Independiente Del Valle, nos pênaltis, que custou o título da Recopa Sul-Americana, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, concedeu a entrevista abaixo ao blog. Por mensagens de texto, garantiu respaldo a Vitor Pereira para seguir no comando técnico da equipe e garantiu que Marcos Braz só deixa a vice-presidência de futebol durante seu mandato se quiser.

Qual o plano do Flamengo para sua comissão técnica, ante as críticas que vem sofrendo: substituir os profissionais, como em 2019, 2020, 2021 e 2022, ou mantê-la e seguir o trabalho, nela acreditando?

Sua coluna de hoje (quarta-feira, no UOL Esporte) resume meu pensamento.

Podemos entender que o técnico não corre risco algum (de demissão) e poderá mexer no time como achar necessário, tendo o respaldo do presidente?

Sim.

O senhor não costuma ir ao CT. Pretende conversar com o elenco para reforçar esse apoio à comissão técnica?

Não sei o que você entende por "costuma", mas acho que vou regularmente e quando considero necessário. Essas demonstrações são feitas claramente através de gestos e posturas. Tenho a certeza de que todos os jogadores sabem do quanto confiamos no trabalho do Vitor. Minhas próximas idas ao CT agendadas serão sexta-feira e sábado. O foco agora é o Carioca, preparação importante para os dois campeonatos nacionais e o internacional.

Me refiro a ir diariamente, ou quase isso, como outros presidentes. Em função do momento complexo, nessas idas, sexta-feira e sábado, pretende dizer algo específico ao elenco e/ou treinador?

Mauro, trabalhei minha vida toda com equipes de milhares de pessoas. Em 1989, aos 31 anos, já chefiava uma equipe enorme. Entendo que sei como agir para transmitir o que é necessário às pessoas.

Há muita pressão sobre Marcos Braz. O vice de futebol também segue com respaldo do presidente?

Eu e Marcos entramos nisso juntos no início de 2019 e vamos estar juntos até o final de 2024, a menos que ele não queira e me peça para sair. Ele é um grande colaborador. Se tem algo errado no futebol do Flamengo, a responsabilidade é minha. Ele faz um excelente trabalho, discute comigo as opções que temos e me assessora nas decisões a tomar.

Pressões internas pela saída de Braz aumentaram ou não chegam ao senhor?

Chegam sim, mas de novo, minha avaliação é de que o trabalho dele é muito bom e o responsável sou eu.

Como o senhor vê o técnico Vitor Pereira e o que espera que consiga fazer ao longo da temporada? Acha que o modelo de jogo do Flamengo precisa ser reformulado?

Tenho acompanhado o trabalho dele. O que ele pensa e faz tem lógica e fundamento. Aos poucos, estamos acertando. Vi um time em campo ontem que evoluiu muito em diversos aspectos. Tenho mais que esperança, quase a convicção, de que em muito breve estaremos colhendo frutos desse trabalho. É nisso que eu acredito.

Sobre a saída de Dorival Júnior, o que o motivou a concordar com a não renovação contratual, questões técnicas, perspectivas (ou falta de) financeiras?

Prefiro não comentar. Foram fatores de avaliação interna, quase íntimos do clube. Mas somos gratos a ele pelo trabalho realizado durante o período de contrato que tivemos e, particularmente, desejo muita sorte a ele no seu futuro desafio.

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